Publicado em 18/05/2016 às 09h00.

Ministro da Saúde diz que não vai controlar planos privados

Nos últimos dias, Barros vem repetindo a máxima de que, 'quantos mais planos, melhor'; maior doador da sua campanha é dono do Grupo Aliança

Redação
Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil
Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil

 
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse na terça-feira (17) que não vai controlar a qualidade dos serviços dos planos de saúde. “Ninguém é obrigado a contratar. Não cabe ao ministério controlar isso”, afirmou à reportagem. Embora não esteja preocupado com a qualidade, Barros já avisou que quer quantidade. Nos últimos dias, vem repetindo a máxima de que, “quantos mais planos, melhor.” No raciocínio do ministro, engenheiro e deputado federal licenciado, quanto mais pessoas estiverem na saúde suplementar, mais recursos sobram para custear o SUS.

Para ele, o maior problema no setor de saúde suplementar é a judicialização, a onda de ações judiciais movidas por consumidores que exigem de planos a prestação de serviços que as empresas se recusam a oferecer. O problema, avalia, é reflexo da lentidão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em regulamentar o setor.

Crítica- Para a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Lígia Bahia, porém, as declarações mostram desconhecimento do setor. “O que ele não se lembra é que mesmo pessoas com planos recorrem ao SUS, sobretudo quando se tratam de procedimentos de alto custo”, completa. “Os planos vendem uma assistência, oferecem outra menor e a população recorre aos SUS.”

Doador de campanha- O maior doador individual da campanha de Ricardo Barros para deputado federal pelo Paraná em 2014 foi Elon Gomes de Almeida, sócio do Grupo Aliança, administradora de benefícios de saúde. Na doação foram disponibilizados R$ 100 mil para a campanha de Barros. A Aliança mantém registro na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), vinculada ao Ministério da Saúde.

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