Publicado em 15/07/2020 às 14h39.

Neto aposta nas novas UTIs para flexibilizar com a pandemia no pico

Mas já pondera: "Nosso limite é a taxa de ocupação de 80% das UTIs. Se voltar a passar disso, teremos que fechar"

Levi Vasconcelos
Foto: Max Haack/Prefeitura de Salvador
Foto: Max Haack/Prefeitura de Salvador

 

Ao admitir reabrir o comércio – shoppings inclusos, ACM Neto está seguindo uma tendência nacional. Eis a questão: mas se a Covid está em altos patamares, isso vai dar certo ou Salvador vai entrar no abre e fecha que se vê por aí?

Na Europa, a Covid está sob controle. O comércio voltou a funcionar, mas vários países externam a preocupação como uma nova onda. Aqui, a velha onda não só ainda não se foi, como está no pico, com 1.300 óbitos nas últimas 24 horas, 41.857 novos casos de quase 2 milhões confirmados e 74.133 mortos.

Na Bahia, 1.128 novos casos e 52 óbitos nas últimas 24 horas (no total, 2.535). E Salvador, com 42.210 casos e 1.683 óbitos, semana passada apresentou quedas seguidas de novos infectados, mas com 73% das UTIs ocupadas, o número mais baixo das últimas semanas. Mas o próprio ACM Neto admite: ‘O número ainda é alto’.

Nas alturas

Neto aposta que, com a entrada em cena de 75 novos leitos de UTI, nos próximos dias, a situação se atenua. Mas admite:

— Nosso limite é a taxa de ocupação de 80% das UTIs. Se voltar a passar disso, não há outro jeito, teremos que fechar.

Enquanto Neto ensaia a flexibilização cá, Rui Costa pede a prefeitos que apertem o cinto no interior.

Tanto em Salvador quanto no interior, a queixa dos governantes generalizada é a mesma: a falta de colaboração da população. Vamos ver se a nova estratégia dá certo, mas tem tudo para dar errado.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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