Publicado em 22/06/2016 às 06h30.

Odebrecht diz que Cabral recebeu propina em obras da Copa

Executivo responsável por detalhar o que chama de "contribuição" a Cabral é o ex-diretor-presidente da construtora Benedicto Barbosa da Silva Júnior

Redação
(Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
(Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

 

A construtora Odebrecht afirmou a procuradores da Operação Lava Jato, em tratativas para negociar sua contribuição premiada, que o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) cobrou propina em obras como o metrô e a reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o executivo responsável por detalhar o que chama de “contribuição” a Cabral é o ex-diretor-presidente da construtora Benedicto Barbosa da Silva Júnior, que foi preso em fevereiro por suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.

Funcionário há mais de 30 anos da Odebrecht, Silva Júnior apareceu em mensagens recuperadas do celular do ex-presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, preso há mais de um ano. Segundo as apurações, era o ex-executivo que fazia os contatos políticos em nome da empreiteira.

Pessoas com acesso às investigações relataram ao jornal que Silva Júnior deve incluir outras obras, além do metrô e o Maracanã, na conta de Cabral, como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Além disso, vai dizer que o ex-governador tinha como regra cobrar da empreiteira o pagamento de 5% do valor total dos contratos das obras.

Os documentos indicariam que o ex-governador teria sido beneficiário de R$ 2,5 milhões em propina pagos pela empresa em razão de obras da linha 4 do metrô carioca. Já a reforma do estádio, sede da final da Copa, foi orçada inicialmente em R$ 720 milhões, mas ao final custou mais de R$ 1,2 bilhão.

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