Publicado em 12/04/2016 às 16h31.

Otto diz não aceitar pressão e fala em ‘exílio’ se Temer assumir

Apontado pelo MBL como responsável por barrar o apoio de deputados baianos ao impeachment de Dilma Rousseff, senador negou que seja "leão de chácara"

Rodrigo Aguiar
Foto: Geraldo Majella/ Ag. Senado
Foto: Geraldo Majella / Ag. Senado

 

O senador Otto Alencar, presidente do PSD na Bahia, negou agir como “leão de chácara” para barrar o apoio de deputados baianos do partido ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, como acusa o Movimento Brasil Livre. De acordo com o MBL, o parlamentar será alvo de ações especiais do grupo por tal motivo.

“Não aceito pressão de ninguém. Se me pressionar, eu funciono mal. Esse é um temor que eu não sei o que é”, declarou Otto ao bahia.ba, ao reafirmar o seu apoio a Dilma, caso o processo de impedimento chegue ao Senado para votação. De acordo com o senador, a bancada da legenda na Câmara está dividida.

“O partido tem 36 deputados. Kassab [ministro das Cidades e presidente do PSD] acha que tem 18 votos contra o impeachment”, afirmou Otto, que criticou o vazamento do áudio no qual o vice-presidente Michel Temer fala como se o impeachment já estivesse aprovado. “Ele ganhou a eleição junto com a presidente, financiado pelas mesmas empresas, passou 13 anos no governo e, no fim do segundo tempo, diz que o governo não presta. Isso se chama falta de caráter”, acusou o senador.

O social-democrata ainda comparou Temer a Joaquim Silvério dos Reis, apontado historicamente como um traidor da Inconfidência Mineira. “Para morar em um país governado por Joaquim Silvério dos Reis e Eduardo Cunha, eu vou pensar duas vezes se vou ficar aqui ou vou para a Argentina ou o Uruguai”, cogitou Otto.

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