Publicado em 06/09/2017 às 17h59.

Lula ordenou propina de R$ 300 mi da Odebrecht ao PT, diz Palocci

Ex-ministro forneceu informações em depoimento ao juiz Sérgio Moro, segundo seus advogados

Redação
Foto: Reprodução/ Jovem Pan
Foto: Reprodução/ Jovem Pan

 

O ex-presidente Lula avalizou um “pacto de sangue” no qual a Odebrecht combinou o pagamento de R$ 300 milhões em propinas ao PT entre o final do seu governo e os primeiros anos da gestão de Dilma Rousseff, afirmou o ex-ministro Antonio Palocci ao juiz Sérgio Moro, nesta quarta-feira (6).

De acordo com o advogado Adriano Bretas, um dos defensores de Palocci, o ex-ministro “revelou importantes detalhes dos bastidores e dos meandros que permearam as relações de poder na transição do governo Lula para o governo Dilma e como foi essa compra de boa vontade da Odebrecht em relação ao governo”.

Palocci prestou depoimento em ação na qual o ex-presidente é acusado de ter recebido da empreiteira um terreno de R$ 12,4 milhões, destinado a ser a nova sede do Instituto Lula e um apartamento de R$ 540 mil em São Bernardo do Campo (SP), vizinho à residência do petista. A defesa de Palocci disse que o ex-ministro não só confirmou a mediação do acordo como teve o aval de Lula.

Conforme os defensores, Palocci disse que tentou convencer a Odebrecht a não comprar o terreno, mas, diante da insistência de Lula, teria sido agendado um jantar na casa do ex-presidente, para que o ex-ministro os dissuadisse da ideia.

Bretas disse que, ao final do encontro, Palocci convenceu os demais envolvidos no acordo de que “era uma operação escandalosa e poderia expor demais essa situação [o arranjo entre PT e Odebrecht]”. Informações da Folha.

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