Publicado em 22/03/2016 às 09h52.

Lava Jato: Gradual Turismo é um dos alvos da PF em Salvador

Empresa é ligada a Odebrecht, que também é um dos alvos da 26º etapa da Operação Lava Jato, nomeada de “Xepa”; uma pessoa foi presa

Rebeca Bastos
Foto: André Gustavo Stumpf/DPF
Foto: André Gustavo Stumpf/DPF

 

A empresa Gradual Turismo, com sede em Salvador, nos bairros do Itaigara e no Horto Bela Vista, foi um dos alvos da da 26ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Xepa”, na manhã desta terça-feira (22). De acordo com informações da assessoria de comunicação da Polícia Federal na Bahia (PF), foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão na Bahia, sete em Salvador – um deles na sede da Odebrecht, localizada na Avenida Paralela – e outros para as sedes da empresa Gradual Turismo. Há ainda outro mandado de busca e apreensão para a localidade de Praia do Forte, no município de Mata de São João, na Região Metropolitana de Salvador.

A Gradual Turismo, que possui ligações ainda não esclarecidas com a Odebrecht, é uma empresa que pertence ao grupo JN-MAXI Corretora de Câmbio, de propriedade do empresário Jorge Netto.

Prisão – O diretor da Odebrecht Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho foi preso preventivamente na Xepa, em seu apartamento, no Condomínio Pedro Calmon, no Jardim Apipema. Os policiais federais também conduziram coercitivamente uma pessoa ligada a empreiteira para depor sobre a ação e estiveram na sede da empresa, na Avenida Paralela.

Um mandado de prisão temporária ficou em aberto porque a pessoa não foi localizada.

Braços da operação – A Xepa é um desdobramento da Operação Acarajé e desvendou um esquema de contabilidade paralela no âmbito da empreiteira, para pagamento de vantagens indevidas a terceiros, “vários deles com vínculos diretos ou indiretos com o poder público em todas as esferas”.

As investigações mostram que houve pagamento em espécie a terceiros, indicados por altos executivos do grupo Odebrecht, em várias áreas de atuação do grupo. De acordo com nota da PF, “há indícios concretos de que o Grupo Odebrecht se utilizou de operadores financeiros ligados ao mercado paralelo de câmbio para a disponibilização de tais recursos”.

As investigações envolveram cerca de 380 policiais federais enviados a cumprir 110 ordens judiciais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Piauí, Distrito Federal, Minas Gerais e Pernambuco. Estão sendo cumpridos 67 mandados de busca e apreensão, 28 mandados de condução coercitiva, 11 mandados de prisão temporária e quatro mandados de prisão preventiva.

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