Publicado em 11/12/2015 às 17h10.

‘Vidas Secas’: PF prende baiano Elmar Varjão, presidente da OAS

Elmar Varjão e outros três executivos foram presos como parte de operação que investiga irregularidades em obras de transposição do Rio São Francisco

Fernando Valverde

 

Foto: Bobby fabisak/JC Imagem
Foto: Bobby fabisak/JC Imagem

O presidente da construtora OAS, o baiano Elmar Varjão, foi preso temporariamente nesta sexta-feira (11), em São Paulo, durante a operação Vidas Secas, da Polícia Federal, que investiga o superfaturamento em obras da transposição do Rio São Francisco, de acordo com a Folha de S. Paulo. Os demais detidos, conforme a publicação, são Mário de Queiroz Galvão, atual presidente da CAB Ambiental, responsável à época pela assinatura do contrato; Raimundo Maurílio de Freitas, diretor da mesma empreiteira; e Alfredo Moreira Filho, executivo da Construtora Barbosa Melo. As quatro empreiteiras formavam o consórcio OAS/Galvão/Barbosa Melo/Coesa, que atuava nas obras em Pernambuco.

Varjão é acusado de envolvimento no desvio de cerca de R$ 200 milhões de recursos públicos destinados para as obras do Velho Chico. O esquema envolve também o doleiro Alberto Youssef e o operador Adir Assad, citados nas investigações da Operação Lava-Jato. Em Salvador, ainda foi cumprido um mandado de busca e apreensão no condomínio Alphaville, na Avenida Paralela, onde fica a residência do ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro Filho – o Leo Pinheiro. Os documentos apreendidos já foram encaminhados para sede da PF, em Pernambuco.

“Parte dos valores dessa conta eram transferidos para empresas fantasmas ligadas ao Alberto Youssef” afirmou o delegado Marcello Diniz, responsável pela investigação. Durante coletiva realizada na manhã desta sexta-feira, o policial federal disse que analisa a participação de servidores públicos e políticos no esquema “Queremos saber agora sobre a participação de eventuais servidores públicos e eventuais políticos que estejam envolvidos na trama”.

A prisão do baiano é temporária, por cinco dias, mas pode ser prorrogada. Elmar Varjão é diretor-superintendente da OAS Nordeste e se tornou presidente da empreiteira após o ex-comandante Léo Pinheiro ser condenado pelo juiz Sérgio Moro, em agosto deste ano, a 16 anos e quatro meses de reclusão, por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Ele chegou a ficar preso por seis meses na sede da PF em Curitiba, por envolvimento nos desvios de recursos da Petrobras revelados pela Operação Lava-Jato .

 

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