Publicado em 16/03/2016 às 19h54.

PRB deixa governo, ‘devolve’ Ministério e Hilton deve sair

"Estamos escutando a voz das ruas. Não estamos vendo norte para a situação que o País vive", justificou o presidente nacional do PRB, Marcos Pereira

Agência Estado

 

Foto: Divulgação/PRB
Foto: Divulgação/PRB

 

O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, anunciou nesta quarta-feira (16) que o seu partido deixará a base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo o dirigente, a legenda colocará o Ministério do Esporte, ocupado por George Hilton (PRB-MG), “à disposição” da petista.

Pereira disse que a decisão de desembarque do PRB foi aprovada durante reunião na tarde desta quarta-feira, por unanimidade, pela bancada do PRB na Câmara, composta por 21 deputados. De acordo com ele, a decisão foi motivada pelo agravamento da crise econômica e política. “Estamos escutando a voz das ruas. Não estamos vendo norte para a situação que o País vive”, justificou

Questionado por que o ministro do Esporte do PRB não apresenta um pedido de renúncia do cargo, o presidente nacional do PRB afirmou que não é necessário. De acordo com o dirigente, é de praxe o partido “colocar o ministério à disposição”, cabendo a presidente Dilma Rousseff decidir se demite o ministro ou não.

Na sexta-feira passada, Marcos Pereira publicou artigo bastante crítico ao governo. No mesmo dia, o ministro soltou comunicado para “informar à opinião pública sua discordância ao conteúdo do artigo”. Na nota, Hilton tratou o texto do presidente do PRB como uma “opinião pessoal”.

Atualmente, o PRB controla quase todo o Ministério do Esporte, tendo indicado os integrantes de quatro das cinco principais cadeiras: o ministro Hilton, o secretário-executivo (Marcos Jorge de Lima), o secretário de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Carlos Geraldo) e o secretário de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor (Rogério Hamam).

O único remanescente da gestão do PCdoB à frente do Ministério do Esporte é Ricardo Leyser, que foi promovido a secretário-executivo no início do ano passado, quando o PRB chegou à pasta, mas voltou a ser secretário de alto rendimento depois de uma exoneração até hoje mal explicada.

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