Publicado em 29/02/2016 às 11h28.

Prefeitura vai investir R$ 7,5 mi para substituir lonas por mantas

Em coletiva, prefeito ACM Neto diz que sistema é mais barato e seguro e será aplicado em mais de 120 locais da cidade

Rodrigo Aguiar
Foto: Rodrigo Aguiar/bahia.ba
Foto: Rodrigo Aguiar/bahia.ba

 

O prefeito ACM Neto (DEM) anunciou, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (29), no Palácio Thomé de Souza, que a principal novidade na Operação Chuva deste ano será a substituição das antigas lonas por mantas, nas encostas que circundam a cidade. De acordo com o gestor, o Município vai investir R$ 7,5 milhões para a compra e colocação do material – a licitação já está em curso –, que vai beneficiar de 120 a 150 áreas de risco. “Normalmente, a cidade utiliza dois sistemas para a proteção da cidade: as lonas pretas, que têm prazo de validade curto, vida útil curta e uma capacidade de proteção pequena, e a solução mais completa, que é a contenção da encosta, que envolve grande investimento e pesada obra física. […] Esse sistema de mantas é mais barato do que a contenção por obra física e é perfeitamente ajustável para diversas encostas da nossa cidade. É um material bastante resistente, que vai garantir segurança e evitar uma série de danos em locais da cidade”, pontuou o democrata, ao revelar que a tecnologia já foi testada em dois locais: na Avenida Juracy Magalhães e nos Barris.

Foto: Rodrigo Aguiar/bahia.ba
Foto: Rodrigo Aguiar/bahia.ba

 

O prefeito admite, no entanto, que as mantas só serão utilizadas onde houver a possibilidade, já que em algumas regiões, apenas as obras físicas são capazes de evitar deslizamentos. A partir desta semana, agentes da Defesa Civil de Salvador (Codesal) vão visitar os imóveis que foram notificados no ano passado para que fossem evacuados e aqueles que forem condenados serão demolidos. Também será verificado se as famílias que recebem o aluguel social retornaram às casas condenadas. Como forma de conscientizar os moradores, haverá ainda a formação de núcleos comunitários de proteção.

Ao falar sobre a possibilidade de novas tragédias, ACM Neto disse que não poderia “dar garantias” de que não ocorressem. “O trabalho é feito para afastar o risco”, ponderou, ao afirmar que o plano nunca havia sido “lançado com tanta antecedência”. “A gente pede a Deus que possa economizar na quantidade de água esse ano, mas estamos fazendo o que é da nossa responsabilidade”, disse. Nesta segunda, três decretos serão assinados: o da Operação Chuva, o da criação do Comitê Interinstitucional de Ações de Emergência e o novo regimento da Codesal.

Foto: Rodrigo Aguiar/bahia.ba
Foto: Rodrigo Aguiar/bahia.ba

 

Sistema de alarme – O prometido Sistema de Alerta e Alarme – requerido pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) como forma de avisar à comunidade sobre a possibilidade de deslizamentos e desabamentos, após os eventos que deixaram 23 mortos em Salvador no ano passado – será implantado inicialmente nas quatro áreas da cidade onde ocorreram as tragédias, nos bairros de São Marcos, Baixa do Fiscal, Bom Juá e Alto da Terezinha. Os equipamentos terão um custo de R$ 4 milhões, mesmo valor do impacto da reformulação da Codesal, que contará com nova estrutura e contratação de mais profissionais.

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