Publicado em 03/07/2020 às 16h59.

Queiroz esperava nomeação como assessor de Flávio no Senado

Revelação foi feita pelo ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj, em depoimento ao Ministério Público Federal, segundo O Globo

Redação

Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz (Foto: Reprodução/Instagram)

O ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, afirmou em depoimento ao Ministério Público Federal que esperava continuar exercendo no Senado o cargo que ocupava na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A expectativa de Queiroz era ser nomeado no final de 2018, antes de vir a público o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Na ocasião, o órgão apontou movimentações atípicas no valor de R$ 1,2 milhão em suas contas.

As informações são do jornal O Globo. De acordo com a publicação, Queiroz foi ouvido na quinta-feira (2) pelo procurador Eduardo Benones, na condição de testemunha. A oitiva é parte das investigações do MPF sobre supostos vazamentos na Operação Furna da Onça, após revelações do empresário Paulo Marinho.

Segundo o suplente de Flávio Bolsonaro no Senado, o filho de Jair recebeu informações da Polícia Federal no Rio de Janeiro sobre as movimentações financeiras de Queiroz. A demissão do então assessor teria sido motivado por essa informação.

Queiroz afirmou ao MPF que desconhece esse vazamento, e sua saída do gabinete de Flávio na Alerj foi iniciativa própria, devido à expectativa de ser nomeado. Na mesma ocasião, ele relatou ter pedido aposentadoria na Polícia Militar do Rio de Janeiro. Mas, em depoimento à Polícia Federal na segunda-feira (29), Queiroz disse que pediu demissão por estar “cansado” de trabalhar como assessor político, e por ter decidido cuidar da saúde.

Ainda segundo O Globo, o ex-assessor disse que só soube do relatório do Coaf por meio da imprensa. Depois disso ele ainda teve algum contato com Flávio Bolsonaro no final de 2018. Depois disso, cortou contato com Flávio e com Jair Bolsonaro.

Queiroz ainda não prestou depoimento no âmbito da investigação de esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj.