Publicado em 16/10/2021 às 20h00.

Renan quer mudar relatório da CPI, exceto trecho sobre genocídio de indígenas

Parte do G7 ficou contrariada com a divulgação de trechos do documento antes da discussão com o grupo, diz blog.

Redação
Foto: Divulgação / Senado Federal
Foto: Divulgação / Senado Federal

 

O senador e relator da CPI da Covi, Renan Calheiros, admite mudar pontos do relatório final do documento, mas vai insistir no indiciamento do presidente Jair Bolsonaro por genocídio de populações indígenas. A informações é do Blog do Otávio Guedes, do G1.

Segundo a publicação, parte do G7 ficou contrariada com a divulgação de trechos do documento antes da discussão com o grupo, e discorda de três propostas de indiciamento. Um deles é o genocídio contra população indígenas.

“Alguns senadores argumentam que o governo enviou vacinas para os indígenas, o que descaraterizaria o crime de genocídio. Mas a CPI tem provas de que o governo negligenciou ou simplesmente se recusou tomar medidas para proteger esses povos, que são mais vulneráveis. Não é um entendimento meu apenas. Há grupos de juristas que sustentam este tese, como o Prerrogativas e o Miguel Reale. Vou debater isso com meus colegas”, afirma Renan ao Blog.

Sobre a insatisfação com a divulgação de trechos do relatório, antes da discussão com senadores, Renan afirmou que o objetivo era tonar público os temas mais complexos, que já estavam em debate com juristas. “Estou aberto a qualquer ponderação, desde que não venha a ferir a lógica. Mas este não será um relatório do Renan, mas de toda a comissão. Sempre foi meu compromisso”, completa.

Sobre os outros dois pontos contestados – indiciamento de Flávio e Eduardo Bolsonaro e os 11 supostos crimes atribuídos ao presidente – Renan diz ter base documental, graças ao compartilhamento do inquérito das fake news com o Supremo Tribunal Federal. “No caso do Flávio ele mesmo confessou que levou o dono do Precisa, Francisco Maximiliano, ao BNDES. Isso é uma confissão de advocacia administrativa”, afirma Renan.

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