Roma avalia cem dias de Jerônimo e Lula: ‘inconsistência e retrocesso’
O ex-ministro destacou que o principal traço do descaminho da gestão petista é visto na política econômica
O presidente do PL na Bahia, João Roma, avaliou, nesta segunda-feira (10), que as gestões de Jerônimo Rodrigues (PT) na Bahia e de Lula à frente do governo federal decepcionam na análise dos primeiros cem dias. “É difícil avaliar o governo Jerônimo, pois é muito pouca consistência. A população ainda não viu movimentação consistente, sequer um plano de ação do Governo do Estado da Bahia”, comentou Roma, durante entrevista à Rádio Excelsior, de Salvador.
O dirigente partidário e ex-ministro da Cidadania também comentou o governo Lula. “No plano nacional, o que se pode é lamentar muito, pois em pouco mais de três meses o que se vê são grandes retrocessos no Brasil. Diferente do que pregavam quando, há 20 anos chegaram ao poder, atualmente o presidente Lula tem demonstrado muito rancor, um presidente que tem olhado pelo retrovisor, que está imbuído de perseguir adversários políticos e tem agido de forma errática”, disse Roma.
O ex-ministro destacou que o principal traço do descaminho da gestão petista é visto na política econômica. “Pode-se observar isso na área econômica, onde até hoje sequer o seu ministro da Economia, o Fernando Haddad, conseguiu ocupar espaços no governo, e segue aí batendo a cabeça e sem mostrar para a população brasileira qual o caminho do desenvolvimento para o Brasil”, opinou.
Roma destacou que o aumento dos combustíveis e a insegurança jurídica causada por invasões de terra afastam investimentos do setor e contribuem para o aumento do desemprego. O dirigente liberal pontua que a gestão petista aposta da disseminação de falácias, como a que está retomando obras que estariam paralisadas e restabelecendo o programa Bolsa Família. “Não sei por que falam em interrupção das obras, a exemplo da integração do Rio São Francisco”, exemplificou.
O presidente do PL baiano recordou que a água estava chegando já ao Rio Grande do Norte quando foi concluído o governo de Jair Bolsonaro. Sobre o “retorno” do Bolsa Família, Roma reiterou que, durante o governo anterior, os recursos para o programa, batizado de Auxílio Brasil, triplicaram. A diferença é que, no novo governo petista, as portas de saída e de autonomia para o cidadão foram retiradas, a exemplo da permanência do beneficiário no programa por mais dois anos após conseguir emprego com carteira assinada.
Ao ser questionado sobre eleições municipais, Roma disse que seria natural uma candidatura dele a prefeito de Salvador, mas destacou que, numa conjuntura em que o PT já detém o controle do governo estadual e do federal, seria importante focar na formação de alianças competitivas nas maiores cidades baianas, a exemplo também de Vitória da Conquista, Feira de Santana, Porto Seguro e Teixeira de Freitas.
O dirigente do PL apontou que, em Porto Seguro, Jânio Natal deve concorrer à reeleição e que, em Teixeira de Freitas, o nome do partido para concorrer à prefeitura deve ser o do Coronel França, atualmente primeiro suplente da sigla na Assembleia Legislativa da Bahia. “Vamos procurar ocupar o máximo de espaço possível em todos os municípios”, salientou João Roma.
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