Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.
Rui corre atrás de dinheiro para fazer quatro hospitais
Determinado a cumprir um compromisso de campanha, o de melhorar o sistema de saúde, o governador Rui Costa tem dois grandes projetos e um monumental entrave.
Os projetos: consolidar as policlínicas, em parceria com as prefeituras, e construir quatro novos hospitais, o do Cacau, em Ilhéus-Itabuna, o de Seabra, um novo em Lauro de Freitas e o novo regional de Feira de Santana.
A questão: onde tirar dinheiro para construir e custear?
O próprio Rui Costa admite que esse é o nó da questão. Ele se queixa que a Bahia teve em 2016 a pior arrecadação dos últimos 10 anos. A receita despencou 4%. Fala o próprio:
– Olhado assim, o percentual é baixo, mas 4% de 40 bilhões significa R$ 1,6 bilhão. É muito dinheiro.
Ele também é crítico do ministro Joaquim Levy, da Fazenda. Acha, por exemplo, que os estados e municípios que têm capacidade de endividamento, como é o caso da Bahia, poderiam ser liberados para tomar empréstimos, o que seria uma forma de destensionar um pouco o sufoco gerado pela crise econômica.
– Nós temos um empréstimo no Banco do Brasil que está travado desde fevereiro. A primeira parcela, recebemos. A segunda, está lá emperrada. Isso não é possível.
Mas com todos os pesares Rui afirma que os hospitais são prioritários. Em último caso, diz ele, vai remanejar dinheiro. Tirar de alguns setores para botar na saúde, segundo ele, um segmento que tem uma defasagem gigantesca.
Mas por mais que ele não queira admitir, a equação é complexa. Uma das ideias cogitadas pelo governo é municipalizar os hospitais Clériston Andrade, em Feira de Santana, o Menandro Farias em Lauro de Freitas e o Luiz Viana em Ilhéus.
Como, se os municípios também estão quebrados?
Rui concorda que um dos grandes problemas do governo dele é a crise. Mais ou menos como gostaria, a depender do desempenho da economia.
Por enquanto, o cenário desanima, apesar dos bons projetos.
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