Publicado em 11/07/2017 às 09h41.

Rui Costa se diz ‘feliz’ com possibilidade de ter Coronel na chapa

Governador não entrou em detalhes sobre composição da coligação de 2018, mas avaliou que as disputas por espaços são um “sinal de oxigenação”

Evilasio Junior
Foto: Alexandre Galvão/ bahia.ba
Foto: Alexandre Galvão/ bahia.ba

 

O governador Rui Costa (PT) não quis entrar em detalhes sobre as negociações para a composição da sua chapa à reeleição em 2018, mas se disse feliz com a predisposição do presidente da Assembleia Legislativa, Ângelo Coronel (PSD), em compor uma coligação majoritária, mesmo que ele defenda que o seu partido tenha candidato próprio ao Palácio de Ondina.

Ao lado do deputado, a quem revelou ter solicitado o batismo do segundo viaduto das obras complementares do metrô na Avenida Paralela com o nome da arquiteta Eliana Kertész, que faleceu recentemente, o petista comentou o período de movimentação dentro das legendas que compõem a sua base aliada.

“Eu fico feliz quando todos e muitos querem ser governador, querem ser senador, querem ser vice. Isso é sinal de vitalidade da democracia. Isso é sinal de oxigenação. O ruim era se ninguém quisesse ser. Importante que todos queiram ser e queiram disputar os espaços em seus partidos e possam disputar entre si”, disse Rui, ao ser perguntado pelo bahia.ba, nesta terça-feira (11), durante a entrega da obra.

Ao lado do governador, provocado, Coronel emendou aos risos sobre a possibilidade de concorrer ao Senado pelo grupo liderado pelo petista: “Eu sou homem de partido. Se me designar, irei para o sacrifício”.

Denúncia de Temer – Sobre o cenário nacional, Rui lamentou a instabilidade política, agravada ainda mais após o voto do relator da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal. Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) foi favorável ao acolhimento da investigação da acusação formal de corrupção passiva formulada pela Procuradoria-Geral da República.

No entendimento do governador, um novo impeachment será “triste” porque “o Brasil vai penar até o ano que vem” com um chefe do Executivo sem legitimidade.

“Rodrigo Maia teve 53 mil votos para deputado. Acho que essa pessoa não tem legitimidade para ser presidente da República, não foi autorizada pelo povo brasileiro a conduzir os destinos do Brasil”, avaliou, ao comparar com os cerca de 54 milhões de votos recebidos pela ex-presidente Dilma Rousseff, sua correligionária.

O petista acredita que, se o Congresso não aprovar a reforma política até setembro, o país enfrentará um período ainda mais prolongado de crise política e vai “repetir os mesmos erros da eleição passada”. “A gente quer que se apure [as denúncias], mas as consequências disso serão tão ruins quanto as quando tiraram Dilma da Presidência”, concluiu.

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