Publicado em 17/03/2020 às 12h22.

Rui diz ser ‘impossível’ distribuição de merenda escolar durante crise do coronavírus

Petista sugeriu que as famílias dos estudantes sejam atendidas com recurso pago emergencialmente pelo governo federal

Alexandre Santos / Rayllanna Lima
Foto: Matheus Morais/bahia.ba
Foto: Matheus Morais/bahia.ba

 

O governador Rui Costa (PT) disse nesta terça-feira (17) ser “impossível” a adoção de uma logística emergencial de distribuição de merenda escolar no período em que as aulas na rede estadual ficarão suspensas para o enfrentamento do novo coronavírus.

Segundo Rui, uma das alternativas para suprir tal demanda em caráter emergencial seria a criação de algum aporte financeiro, pago pelo governo federal, às famílias dos estudantes.

“O que seria possível é o governo federal eventualmente determinar que, temporariamente, se criar algum tipo de apoio financeiro a essas famílias, pelo menos às cadastradas dentro dos programas de baixa renda. Você criar um valor extra que dê a essas famílias o equivalente ao valor para comprar o lanche do menino todos os dias. Seria a logística mas viável a ser feita”, disse o governador.

“De uma hora para outra, montar uma logística e entrar de casa em casa, entregando o lanche para o menino, não é possível isso”, acrescentou ele, ao criticar a centralização de recursos no governo federal.

“Estou muito preocupado. Nós temos um modelo centralizador de recursos na União. Quase 70% de tudo que se arrecada no Brasil estão concentrados no governo federal. Então, numa crise dessa, o país é dependente de ações coordenadas no plano federal”, disse.

“Quando quem está sentado na cadeira de presidente e não coordena as ações, as coisas se agravem.”

As declarações do governador foram dadas durante inauguração da Central Integrada de Comando e Controle da Saúde do Estado da Bahia, unidade que também abrigará o Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes), responsável pela coordenação das ações de combate à disseminação da Covid-19.

Os dois equipamentos funcionarão no Centro Administrativo da Bahia (CAB).

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