Publicado em 16/09/2019 às 11h36.

Rui presidente? 2022 está longe, mas no tititi já tá aí

Se Rui disputar o Senado, o PT cederia a cabeça da chapa? Das duas uma: ou Rui disputa a presidência ou fica no governo até o fim

Levi Vasconcelos

O Brasil, de cabo a rabo, parece sofrer uma espécie de síndrome eleitoral. A eleição do ano passado ainda não fez nem o seu primeiro aniversário, os eleitos sequer completaram nove meses de mandato, ano que vem ainda teremos outra eleição, e já se fala em 2022. Pode?

Presente ontem na abertura do 7º Encontro de Prefeitos, em Guarajuba, Rui Costa virou o foco principal dos bastidores, porque, numa entrevista à revista Veja disse que em 2022 está à disposição para a construção de uma nova plataforma de partidos de esquerda para o país. E se coloca para disputar a Presidência, ou até para não ser candidato a nada.

Em Guarajuba estava toda a cúpula governista baiana. Além de Rui, os senadores Jaques Wagner (PT), Otto Alencar e Angelo Coronel, do PSD, e o vice-governador João Leão.

Publicamente, todos acham cedo para falar de 2022, mas nos bastidores a conversa flui tranquila.

O que se diz: partindo da premissa de que o PT vai fazer questão de manter a aliança com Otto e Leão, convém ressalvar: o mandato de Otto acaba, o que quer dizer que ele vai ter forçosamente um lugar na chapa, no mínimo, como candidato ao Senado.

A outra vaga seria de Leão, também sem mandato. Se Rui disputar o Senado, o PT cederia a cabeça da chapa? Das duas uma: ou Rui disputa a presidência ou fica no governo até o fim, como Wagner fez.

Como se vê, 2022 está longe, mas no tititi já chegou.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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