Publicado em 15/04/2016 às 12h30.

Segundo a discursar pelo PMDB, Coimbra é mais combativo que Picciani

O deputado afirmou que o governo está na "xepa", o fim da feira, oferecendo os últimos cargos em troca de apoio

Agência Estado
Lelo Coimbra Agencia Senado
Lelo Coimbra Agencia Senado

 

Segundo a falar pelo PMDB na sessão do impeachment desta sexta-feira, 15, no plenário da Câmara, o deputado Lelo Coimbra (ES) fez um discurso mais combativo contra Dilma Rousseff do que Leonardo Picciani (RJ), líder do partido na Casa. Os deputados da legenda vão se revezar por uma hora no púlpito. É esperado que a grande maioria dos parlamentares peemedebista faça discursos em favor do impeachment.

Coimbra afirmou que o governo está na “xepa”, o fim da feira, oferecendo os últimos cargos em troca de apoio. Ele também acusou a presidente de construir uma narrativa “falaciosa” de golpe, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva coordena uma presidência paralela em hotel ao lado do Alvorada.

O deputado defendeu o parecer do relator, Jovair Arantes (PDT-GO), na comissão especial de impeachment e afirmou que ele apresentou todos os elementos para uma análise jurídica isenta. “Não bastasse o desrespeito fiscal, temos todas as denúncias de corrupção. Embora este não seja o tema que motivou a denúncia, ele permeia o cenário que assola nosso País”, afirmou.

Picciani – O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), adotou um discurso de neutralidade durante a sua fala na sessão no plenário da Casa que discute o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Aliado do Palácio do Planalto, Picciani anunciou oficialmente a posição da bancada favorável ao afastamento da presidente, mas agradeceu aos colegas pela conduta no processo e por terem apoiado sua decisão de se manter contrário ao impedimento.

Deputados do PMDB, a maioria da ala pró-impeachment, acompanhavam o discurso. Esses peemedebistas aplaudiram Picciani quando o líder orientou voto da bancada a favor do impeachment

Reforçando a importância do momento histórico, o peemedebista disse diversas vezes estar emocionado. Em tom ameno, Picciani fez críticas ao governo. “Quero fazer um apelo aos meus companheiros de bancada. Seja qual for o resultado, que todos tenhamos a grandeza com o País. Grandeza que faltou depois da eleição de 2014. Faltou a compreensão de que havia uma divisão no País e que era preciso estabelecer as pontes”, declarou.

Picciani não poupou a oposição, afirmando que também faltou grandeza “aos que perderam a eleição e não aceitaram a vontade das urnas”. “As ambições pessoais e o inconformismo injustificado foram colocados à frente do interesse nacional. O PMDB tem compromisso com a história do Brasil. Falo hoje tomado pela emoção de uma geração que não viveu o arbítrio da ditadura, nem como agente político, o impeachment de Fernando Collor.”

Picciani não falou diretamente sobre o crime de responsabilidade do qual a presidente Dilma é acusada. Mais de uma vez, ele disse que o Brasil precisa estar atento “ao dia seguinte”. “Seja qual for o resultado, o País precisa encontrar o caminho da reconciliação.”

O líder do PMDB foi o primeiro a usar o tempo das lideranças partidárias, que terão uma hora cada para se manifestar. A ordem é da maior para menor bancada.

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