Publicado em 23/01/2020 às 19h51.

Sem criticar STF, presidente do Senado diz esperar autorização de juiz de garantias

Tom ameno de Davi Alcolumbre reflete o papel que ele toma para si mesmo: o de 'condutor da pacificação no Brasil'

Breno Cunha / Estela Marques
Foto: Breno Cunha/ bahia.ba
Foto: Breno Cunha/ bahia.ba

 

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), colocou panos quentes na crise instaurada no Judiciário após liminar do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender a implantação do juiz de garantias.

Em entrevista nesta quinta-feira (23), durante solenidade de inauguração do Centro de Convenções de Salvador, o parlamentar disse que divergências entre os Poderes é natural.

“O parlamento tem a responsabilidade de fazer a legislação. Em algum momento ou outro ele se depara com episódios como este, e a Suprema Corte é um Poder também. Em alguns momentos há posições divergentes”, disse ele. Mas decisão judicial, Alcolumbre ponderou, não se contesta.

Por ser uma decisão em caráter liminar, o presidente do Senado disse esperar que o pleno do Supremo avalie que possa ser cumprido o que o Legislativo deliberou e o que o Executivo sancionou. O tom ameno da postura de Alcolumbre reflete o papel que ele toma para si mesmo no contexto atual.

“Reconheço que nós temos feito no parlamento um esforço para harmonizar a relação institucional. Meu papel é de ser um condutor da pacificação no Brasil”, declarou.

Alcolumbre também comentou a decisão do Executivo de recriar o Ministério da Segurança Pública. Na avaliação do democrata, a iniciativa seria um aceno significativo para a segurança. “É uma carência muito grande dos brasileiros”.

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