Publicado em 09/05/2016 às 06h40.

Sem ‘notáveis’, ministério de Temer terá que contemplar partidos

Caso assuma o comando do país, ainda esta semana, o vice teria uma posse sem pompa; prioridade seria empossar os ministros que despacham no Palácio do Planalto

Redação
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 

O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, interlocutor de Michel Temer (PMDB) junto ao empresariado, jogou um banho de água fria nos colegas em reunião recente em São Paulo. De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, o parlamentar disse que os aliados devem perder as esperanças de que o vice fará um ministério de “notáveis”.

O burburinho sobre a possível equipe do peemedebista tem gerado criticas de empresários de vários setores. Eles reservam elogios apenas a Henrique Meirelles, que vai para a Fazenda, e a José Serra, já cotado para vários cargos, especialmente Relações Exteriores. O consenso entre eles, no entanto, é de que qualquer coisa é melhor do que o governo atual.

Posse sem pompa – Caso assuma o comando do país com o afastamento da presidente Dilma Rousseff pelo Senado esta semana, Temer não terá direito a qualquer cerimônia de posse. Ele passará a ser presidente interino automaticamente, depois de a titular ser notificada pelo primeiro-secretário do Senado, Vicentinho Alves (PR-TO), de que foi destituída do cargo por até 180 dias, período em que a Câmara Alta do Congresso irá julgar o processo de crime de responsabilidade.

O curioso é que Temer poderá realizar cerimônias para todos os ministros que for empossar. O vice já avisou auxiliares que trocará todos os ocupantes do primeiro escalão do governo Dilma, mas a prioridade, segundo interlocutores, é empossar inicialmente os ministros que despacham no Palácio do Planalto e os integrantes da equipe econômica.

Ele discute publicar uma edição extra do Diário Oficial da União no dia que assumir o Palácio do Planalto com as indicações de Eliseu Padilha (Casa Civil), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), Henrique Meirelles (Fazenda) e Romero Jucá (Planejamento).

Com informações da Folha de São Paulo e Agência Estado.

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