Publicado em 02/05/2016 às 06h21.

Senadores anti-Dilma apoiaram gastos extras da presidente

O Congresso aprovou orçamentos em que o superávit primário (receita menos despesas, descontado o pagamento de juros) deveria ser superior a R$ 150 bilhões

Redação
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

Quase a metade dos 51 senadores que declaram ser favoráveis ao afastamento da presidente Dilma Rousseff por crimes contra o orçamento liberou a petista para gastar além do autorizado pelo Congresso. De acordo com a Folha de S. Paulo, entre os parlamentares, 24 votaram em 2014 ou em 2015 a favor da mudança da meta fiscal. Nos dois anos, o Congresso aprovou orçamentos em que o superávit primário (receita menos despesas, descontado o pagamento de juros) deveria ser superior a R$ 150 bilhões.

A mudança autorizou Dilma a fazer o oposto: dois déficits que, somados, chegaram a R$ 137 bilhões. Os acusadores apontam que os decretos foram ilegais porque, quando assinados, o governo já sabia que não conseguiria fazer a economia prometida e por isso encaminhou o projeto de lei para alterar a meta.

Em 3 de dezembro de 2015, quando a nova medida foi votada, o relator do processo na Câmara, Jovair Arantes (PTB-GO), era líder da bancada de quatro partidos (PTB, PP, PSC e PHS) e nem chegou a mencionar o fato. No Senado, o parecer favorável foi dado por Romero Jucá (PMDB-RR). A nova meta foi aprovada por 314 deputados e 46 senadores.

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