Publicado em 11/10/2017 às 09h05.

Time de Temer bate em Janot. E carimba o clássico jogo sujo

“A trapaça, a má fé e a duplicidade são, infelizmente, o caráter predominante da maioria dos homens que governam as nações”, Frederico II, Rei da Prússia

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“A trapaça, a má fé e a duplicidade são, infelizmente, o caráter predominante da maioria dos homens que governam as nações”
Frederico II, Rei da Prússia (1712-1786).

Foto: José Cruz/ Agência Brasil
Foto: José Cruz/ Agência Brasil

 

A regra básica no jogo (sujo) da política brasileira é nunca se defender, sempre atacar. As sucessivas denúncias que espoucam nos quatro cantos sempre são seguidas de intenso tiroteio e no frigir dos ovos, ninguém sabe quem é mocinho ou bandido.

É exatamente essa a tática que Michel Temer está usando para enfrentar a nova denúncia de corrupção, proposta por Rodrigo Janot, ex-procurador-chefe da República.

Claro que Janot praticou um ato jurídico que virou político. Mas ele não é político. E só não apanha sozinho porque uma minoria da oposição deixa com bastante clareza que os ataques ao Ministério Público, a Polícia Federal e ao Judiciário são uma tentativa de livrar suspeitos suspeitíssimos da cadeia.

Temer já havia se declarado vítima de uma ‘organização criminosa’. Ontem, no seu esperado parecer na CCJ em favor de Temer, o deputado Bonifácio Andrada (PSDB-MG) disse que Janot está ‘quer criminalizar a política’. E bateu na PF e na Justiça.

O caso ilustra exemplo clássico de como a política virou um jogo de desfarçatez. Esse é um dos poucos ganhos que temos com o escancaramento da corrupção que a Lava Jato trouxe.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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