Publicado em 04/02/2020 às 20h00.

‘Tiramos de quem tem mais para dar a quem tem menos’, diz Rui sobre Previdência

Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, governador pediu que servidores tenham 'compaixão' com mais pobres

Estela Marques
Foto: Mateus Pereira/Gov-BA
Foto: Mateus Pereira/Gov-BA

 

O governador Rui Costa retomou nesta terça-feira (4) o programa online ‘Papo Correria’ (no Facebook), no qual abre diálogo com seguidores. Um dos assuntos foi a reforma da Previdência do Estado, aprovada na sexta-feira (31) pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

Rui voltou a falar sobre o déficit da Previdência, que, segundo ele, chegou a R$ 17 bilhões nos últimos cinco anos. A reforma aprovada, portanto, é o sacrifício que deve fazer para não prejudicar os 15 milhões de habitantes do estado. A lógica do governador é que quem “está numa condição um pouco melhor” deve contribuir para que os mais pobres tenham a possibilidade de moradia, água, esgotamento, novas escolas e unidades de saúde.

“O que estamos procurando fazer é justiça social, não sobrecarregar demais o povo pobre. Estou fazendo o que aprendi com minha mãe, que é cuidar das pessoas que mais precisam. Peço que quem ganha R$ 40 mil, R$ 20 mil, pelo menos tenha compaixão e queira compartilhar um pouco de ajuda para os mais pobres. Não queria tudo pra si, porque nosso estado é muito pobre”, disse Rui.

Entre os questionamentos, um espectador pediu que o petista explicasse o que aconteceu na Assembleia na sessão em que os deputados aprovaram a reforma da Previdência, quando um homem apontou uma arma para um deputado dentro do plenário. O governador comparou a situação a um vírus.

“Tem um vírus que iniciou na China e se espalhou pelo mundo. Mas tem outro vírus que começou na campanha de 2018 e está contaminando as pessoas: é o vírus da intolerância, da violência, do empoderamento com arma na cintura. As pessoas parecem que estão perdendo o juízo. Infelizmente, agentes públicos, que são contratados pelo estado para proteger as pessoas, invadiram o plenário espancando deputados e apontando armas para os deputados”, afirmou o governador.

Ele afirmou que já determinou a identificação dos responsáveis pela invasão ao plenário e aplicação de sanções criminais e administrativas.

A medida é uma espécie de lição para os demais, para evitar que “o cidadão” passe a invadir sessões no Tribunal de Justiça, por exemplo, para apontar uma arma na cabeça do desembargador e obrigá-lo a mudar seu voto. “É algo incompatível com alguém que quer continuar exercendo cargo público”, disse Rui.

 

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