Publicado em 25/08/2025 às 19h26.

Vereadora propõe interdição de ruas para esportes após filho atropelar maratonista

Texto pede que a Transalvador realize estudo de viabilidade técnica para implantar a medida

André Souza
Foto: Reprodução/Instagram

 

Após o seu filho, Cleydson Cardoso atropelar um marotonista na Pituba, a vereadora Débora Santana (PDT) apresentou à Câmara Municipal de Salvador (CMS) um projeto para para que a prefeitura interdite, das 5h às 8h, aos sábados e domingos, ruas utilizadas para a prática de atividades físicas.

O texto, direcionado ao prefeito Bruno Reis (União Brasil), pede que a Transalvador realize estudo de viabilidade técnica para implantar a medida.

“Indica ao Excelentíssimo Senhor Bruno Reis, Prefeito do Município de Salvador, que promova um estudo de viabilidade técnica juntamente com a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), a interdição das 5h às 8h, aos sábados e domingos de vias que sirvam para atividades físicas, no município de Salvador”, diz a proposição protocolada nesta segunda-feira (25).

O presidente da Casa, Carlos Muniz (PSDB), confirmou o projeto, mas afirmou que não haverá celeridade na tramitação. “Os projetos irão passar, todos os projetos, tanto de vereador quanto executivo, pelo rito normal. Irá passar pelas comissões de Constituição e Justiça, orçamento. Não existe pressa em votar projeto nenhum, nem de vereador e nem de Executivo”, disse.

Licença de 15 dias

Débora Santana pediu afastamento de 15 dias da CMS após o acidente envolvendo o filho, Cleydson Cardoso. Inicialmente, a pedetista havia sinalizado que ficaria apenas dois dias fora, mas o pedido formalizado na terça-feira (19) ampliou o prazo.

Vale ressaltar que o Regimento Interno da Casa respalda a solicitação da vereadora, que autoriza que um parlamentar se ausente para tratar de interesses particulares.

Relembre o caso

Cleydson, responsável pelo atropelamento de Emerson Silva Pinheiro, recusou-se a realizar o exame toxicológico oferecido pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT). Mesmo assim, a investigação aponta indícios de que ele dirigia alcoolizado, segundo relatos de policiais da 41ª Companhia Independente da PM que o abordaram minutos após o acidente.

O maratonista, além de ter uma perna amputada, sofreu fraturas fechadas de fêmur e platô tibial.

Na última segunda-feira (18), o condutor teve a prisão em flagrante convertida para preventiva. Na decisão, o juiz Marcus Vinícius da Costa Paiva afirmou que as provas colhidas foram são suficientes para indicar a materialidade do crime, “comprovada pelo Boletim de Ocorrência, pelos depoimentos testemunhais, pelas imagens do local do acidente e, de forma contundente, pelo Relatório Médico do Hospital Geral do Estado (HGE)”.

 

André Souza

Jornalista com experiência nas editorias de esporte e política, com passagens pela Premier League Brasil, Varela Net e Prefeitura Municipal de Laje. Apaixonado por esportes e música, atualmente trabalha como repórter de Política no portal bahia.ba.

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