Publicado em 16/02/2016 às 11h00.

Pedra de Xangô, em Cajazeira X, será tombada até julho

Anúncio foi feito no último domingo, na VII Caminhada da Pedra de Xangô, pelo presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro

Redação
Foto: Amanda Oliveira/GOVBA
Foto: Amanda Oliveira/GOVBA

 

O presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, anunciou, durante a 7ª Caminhada da Pedra de Xangô, que o local será tombado até junho ou julho deste ano. O tombamento é uma reivindicação antiga dos organizadores do evento, que reuniu centenas de pessoas em Cajazeira X, na periferia de Salvador.

Ao Correio, o gestor da FGM destacou a importância de preservar a área, especialmente diante dos atos de intolerância praticados na região. “O próximo tombamento do município é a Pedra de Xangô. Até junho ou julho, ela estará tombada. Em um cenário de intolerância religiosa, é importantíssimo marcar espaço. A ideia inclusive é ter um parque, para preservar também toda a área verde em torno do local”, disse.

A Pedra ou Otá de Xangô foi descoberta há 23 anos pela mãe Iara, quando ela foi fazer oferendas aos orixás no meio da mata de Cajazeiras. Desde então, a pedra foi consagrada ao orixá Xangô. Mas foi somente a partir de 2005 que a existência foi ameaçada com a inauguração da Avenida Assis Valente que a deixou em evidência. “É uma pedra sagrada, tem importância histórica, em uma região que está correndo um risco grande de especulação imobiliária”, explica Fernando Guerreiro.

Para preservar o monumento sagrado pelos religiosos de matriz africana e também símbolo da luta dos escravos, por estar em uma área que já foi um quilombo, a Associação Pássaros das Águas, desde 2010, entrega um amalá (comida oferecida a Xangô) em forma de procissão no segundo domingo de fevereiro.

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