Publicado em 22/01/2020 às 21h00.

Carnaval: sem acesso direto aos circuitos, motoristas de apps ganham pontos nas imediações

Sindicato e prefeitura entraram em acordo e definiram dois pontos de embarque e desembarque de passageiros

Rayllanna Lima
Foto: Divulgação/Simactter-BA
Foto: Divulgação/Simactter-BA

 

Os motoristas do transporte por aplicativos que atuam na capital baiana não terão acesso aos circuitos do Carnaval, mas conseguiram com a prefeitura a liberação de dois pontos oficiais, em ruas próximas, para embarque e desembarque de passageiros.

O acordo foi firmado nesta quarta-feira (22) entre o presidente do Sindicato dos Motoristas por Aplicativo e Condutores de Cooperativas do Estado da Bahia (Simactter-BA), Átila do Congo, e o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muler.

Ficaram definidos os seguintes pontos: a Rua Djalma Ramos, ao lado da Avenida Centenário, e a via marginal da Avenida Anita Garibaldi, próximo ao monumento Clériston Andrade. Os espaços estratégicos contarão com pórtico e sinalização.

“Pela primeira vez, conseguimos esses pontos oficiais. É claro que feliz a gente estaria se fosse dentro do circuito, mas a gente vê como um avanço considerável. São ruas próximas ao circuito, que servirão como alternativas, até porque não vai ser fora daquele engarrafamento da Centenário, que a gente sabe que ninguém passa”, disse Átila, ao bahia.ba.

No Carnaval do ano passado, o sindicato chegou a acionar a Justiça baiana pedindo acesso aos circuitos.

Regulamentação

O porta-voz da categoria explicou que não foi possível o acesso às áreas onde ocorre a folia porque o sistema de transporte ainda não foi regulamentado pela Secretaria de Municipal de Mobilidade, o que, segundo ele, será feito pelo secretário Fábio Mota no dia 13 de fevereiro.

“São 28 mil motoristas de aplicativo, então realmente seria difícil fiscalizar. Com os taxistas, o agente da Transalvador joga a placa no tablet e já identifica o motorista. Nós ainda não temos esse cadastro, não tem como identificar quem é ou não motorista de aplicativo, porque às vezes tem aquele clandestino que usa o adesivo da Uber”, disse.

Sobre as tratativas relacionadas à regulamentação, Átila do Congo revelou um embate entre a prefeitura e os profissionais, que deverá ser abordado em uma reunião agendada para a próxima sexta-feira (24), às 9h.

“A gente não aceita que o motorista, que tenha o carro acima da idade máxima de oito anos seja retirado das ruas de forma brusca, sem tempo de transição. Ninguém está nadando em dinheiro para trocar de carro assim. Seria tirar 1/3 de trabalhadores do mercado. Exigimos, no mínimo, um ano para essa transição”, declarou.

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