Publicado em 23/04/2020 às 17h40.

Chuva forte deixa ruas do Imbuí completamente alagadas

Moradores da rua Jayme Sapolnik, no bairro do Imbuí denunciam obra executada pela Prefeitura de Salvador

Arivaldo Silva

 

Foto do leitor Paulo Soares
Foto do leitor Paulo Soares

 

Moradores da rua Jayme Sapolnik, no Conjunto Guilherme Marback, localizado no bairro do Imbuí denunciam obra executada pela Prefeitura de Salvador por meio da empresa prestadora de serviços Campbell, como o estopim para o alagamento das casas durante as fortes chuvas que caíram na capital baiana nesta quinta-feira (23). Há pelo menos 10 dias surgiu uma cratera no local de cerca de 3 metros de diâmetro.

Os moradores alegam que os efeitos colaterais que surgiram com a finalização da obra para recuperar a via pública deixaram as casas cheias de água e lama. No local existe uma praça de alimentação repleta de food trucks.

“Esta obra foi entregue há 7 dias e logo na primeira chuva apresentou esse alagamento que causou entrada da água nas residências. Uma situação lamentável. Minha mãe é idosa e está sofrendo junto a outros moradores também idosos. A obra causou uma obstrução do fluxo de águas fluviais com o retorno da água exatamente antes da obra realizada”, relata o morador Paulo Soares.

Alagamento todo ano – A população da comunidade do Bate Facho e das ruas Frei Tito e Jairo Simões, também no Imbuí teve um dia difícil nesta quinta-feira (23). A região do condomínio Villa do Imbuí e da Unidade Básica de Saúde (UBS) ficou totalmente alagada após as fortes chuvas que atingiram a cidade desde a madrugada. Os moradores da localidade sofrem há vários anos com a mesma situação de alagamento. Toda vez que chove forte é a mesma coisa.

Saldo das chuvas – Segundo informações do boletim da Defesa Civil de Salvador (Codesal) foram registradas 334 solicitações até às 17h desta quinta. Dentre as ocorrências estão: 125 deslizamentos de terra, 63 avaliações de imóvel alagado, 40 ameaças de desabamento, 31 ameaças de desabamento, 25 imóveis alagados, 12 desabamentos de muro, 10 desabamentos parcial, cinco árvores ameaçando cair, quatro árvores caídas, quatro infiltrações, três alagamentos de área, duas ameaças de desabamento de muro, duas avaliações de área, um destelhamento, uma orientação técnica e um armazenamento de material perigoso.

A Codesal também registrou cinco desabamentos de imóvel. Em Sussuarana, uma criança ficou ferida sem gravidade; na Boca do Rio, um adulto foi encaminhado para a unidade de saúde. Na 2ª Travessa Celika, em Águas Claras, foram quatro vítimas, sendo duas fatais – uma mulher de 41 anos e um bebê de quatro meses. O saldo no local foi de 1 imóvel desabado, 17 vistoriados, destes 16 foram evacuados por conta do risco de novos desabamentos.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.