Publicado em 06/12/2019 às 15h28.

Palácio da Sé é restaurado e abrigará centro de memória da Igreja Católica no Brasil

Fechado há 20 anos, prédio já serviu de morada para bispos e arcebispos e foi o Centro Administrativo e Pastoral da Igreja Católica no Brasil por mais de 100 anos

Redação
Foto: Divulgação/Arquidiocese de Salvador
Foto: Divulgação/Arquidiocese de Salvador

 

Após passar por restauração completa, o Palácio Arquiepiscopal da Sé, fechado há duas décadas, será reaberto nesta sexta-feira (6), às 18h. O prédio localizado no Centro Histórico de Salvador – que já serviu de morada para bispos e arcebispos e foi o Centro Administrativo e Pastoral da Igreja Católica no Brasil por mais de 100 anos – será transformado em um Centro de Referência da História da Igreja Católica no Brasil e abrigará um acervo permanente, bem como exposições temporárias.

“O Palácio da Sé é uma referência na história da Igreja de Salvador, afinal desde o começo do século XVIII ele serviu aos bispos, serviu a vários arcebispos e foi também um centro da pastoral da Arquidiocese”, diz o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger. “A sua restauração é uma homenagem que nós prestamos à Arquidiocese e, particularmente, à Bahia porquê desse Palácio saíram determinações, ordens e também orientações pastorais para todo o Estado da Bahia”.

Construído no século XVIII, o palácio passou por um processo de restauração que durou cinco anos, sob o comando do IDH (Instituto do Desenvolvimento Humano) e do padre Abel Pinheiro, presidente do Centro Cultural Palácio da Sé.

“Foi um trabalho exaustivo, mas o cansaço do árduo trabalho se transforma em imensa alegria ao ver este grande patrimônio voltar a ficar à disposição do nosso povo”, disse o padre Abel. Auxiliado pelo padre Luís Simões, o padre Abel contou com uma equipe de voluntários, referências nas suas atividades, como o engenheiro Thales Azevedo, o arquiteto Luiz Humberto Carvalho e a engenheira Ângela Márcia Andrade, entre outros.

No térreo do Palácio, haverá uma área disponível para exposições itinerantes e realização de eventos corporativos, o que ajudará na manutenção do prédio. A primeira exposição no espaço será de presépios da coleção particular do engenheiro e arquiteto Celso Basto de Oliva – o acervo começou a ser montado em 1948 e é composto por obras de papel, panos, vela, terracota, cristal e pedra-sabão.

O Centro de Referência da História da Igreja Católica no Brasil também abrigará uma exposição de móveis dos séculos XVII e XVIII que terá curadoria do antiquário Sérgio Caloula.

A exposição permanente “A Igreja e a formação do Brasil”, composta de acervo próprio e bens históricos remanescentes de outros prédios religiosos, como a antiga Catedral da Sé (demolida em 1933 para dar lugar a atual Praça da Sé) terá lugar no primeiro pavimento do Palácio.

Outro espaço permanente será a sala do Laboratório de Conservação e Restauração Reitor Eugênio Veiga (LEV), que irá expor importantes documentos históricos restaurados. O laboratório, que atualmente se encontra na Universidade Católica do Salvador (UCSal) – Campus da Federação, tem como missão restaurar, preservar, pesquisar e difundir o acervo documental da Igreja Católica no Brasil – o acervo conta com mais de 16 mil documentos, entre os restaurados e não restaurados.

No segundo pavimento funcionará o Centro Administrativo da Arquidiocese de São Salvador da Bahia. Nesta área, estarão expostos de forma permanente o arcaz da antiga Igreja da Sé e a galeria dos Bispos e Arcebispos da Bahia e Primazes do Brasil. Também haverá um espaço especialmente dedicado ao Arcebispo Sebastião Monteiro da Vide, responsável pela construção do Palácio.

O local também receberá atendimentos e audiências do arcebispo e abrigará secretarias da administração da Arquidiocese, uma capela episcopal, uma biblioteca e uma sala de conferência.

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