Publicado em 06/07/2022 às 12h59.

Revitalizado há menos de 2 meses, Memorial das Baianas é alvo de vandalismo

O equipamento teve um dos toldos roubados e outro danificado durante a madrugada desta quarta-feira (5)

Jamile Amine
Foto: ABAM
Foto: ABAM

 

Reaberto há menos de dois meses, após obras de revitalização, o Memorial das Baianas voltou a ser alvo da criminalidade na madrugada desta quarta-feira (5). Localizado na Praça da Sé, em Salvador, e com histórico de furtos e arrombamentos, o equipamento desta vez teve um dos toldos roubados e outro danificado.

Segundo Rita Santos, presidente da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (Abam), que administra o museu, o ato de vandalismo pode prejudicar o acervo do Memorial, que recentemente foi revitalizado. “Não tenho como colocar de volta e sem esse toldo molha tudo dentro do espaço”, disse ela, em entrevista ao bahia.ba.

RECUPERAÇÃO
O projeto foi elaborado pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) e contou com investimento de R$545,4 mil.

As intervenções feitas no equipamento envolveram desde criação de um novo leiaute, utilizando áreas que estavam mal aproveitadas, até reforma da cobertura, complementação em laje pré-moldada, melhorias no revestimento das paredes, no piso e nos forros, nova pintura, instalação de esquadrias de madeira, metálica e vidro. A reforma contou ainda com novas instalações elétricas e hidráulicas, substituição de toldo, execução de paisagismo e iluminação cênica, além de serviço de drenagem pluvial e instalações de combate a incêndio e segurança.

Antes das intervenções, o Memorial das Baianas estava muito comprometido, com danos causados por constantes invasões e roubos, além da degradação com sucessivos alagamentos. Fechado desde março de 2020, com a pandemia, o processo de deterioração acelerou ainda mais. As obras foram iniciadas em agosto de 2021 e concluídas em maio deste ano.

 

Foto: Lucas Moura/Secom
Foto: Lucas Moura/Secom

 

MEMORIAL DAS BAIANAS
Inaugurado em 2009, o museu tem como objetivo preservar a tradição e a história das baianas do acarajé, ofício registrado em 2005 como patrimônio cultural brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

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