Publicado em 24/11/2016 às 16h00.

Salvador está entre as cidades com risco de epidemia de dengue no verão

Índice de criadouros do Aedes aegypti (vetor também da zika e chikungunya) na capital baiana preocupa o Ministério da Saúde; outros 854 municípios do país também estão sob ameaça

Redação

Salvador está entre as 855 cidades brasileiras em situação de alerta ou de risco para epidemias de dengue, chikungunya e zika neste verão. Na região Nordeste, outras duas capitais integram a lista – Aracaju-SE e Recife-PE –, segundo dados do Ministério da Saúde, com base no Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa), realizado em 2.284 dos 3.704 municípios com mais de 2 mil imóveis em todo o país.

Embora o índice de detecção de criadouros do Aedes aegypti, vetor das três doenças, alcançado neste ano seja 18% inferior ao registrado no levantamento do ano passado, não há o que comemorar. Ao apresentar os dados, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, manifestou decepção e responsabilizou a população pela situação: “Não há força pública capaz de combater o mosquito. Ou a população se engaja ou nós não vamos conseguir vencer essa batalha”, disse.

Atualmente, o Liraa é feito por adesão. O governo pretende transformar, já no próximo ano, a pesquisa obrigatória a todos os municípios.

De acordo com o levantamento, nas regiões Nordeste e Sul, a maior parte dos criadouros foi encontrada em reservatórios de água – tonéis, tambores e caixas, principalmente. No Norte e Centro-Oeste, focos maiores foram localizados em depósitos de lixo.

Metade dos municípios da região Norte do país está em situação de alerta ou de risco, entre os quais as capitais do Acre (Rio Branco), Pará (Belém), Roraima (Boa Vista) e Amazonas (Manaus). Das cidades pesquisadas, apenas São Paulo e Rio estão em situação considerada satisfatória.