Publicado em 26/02/2021 às 16h53.

Sindicato critica aulas remotas e diz que professores serão expostos ‘ao vírus’

Internautas questionaram a publicação, uma vez que aulas virtuais não necessitam de contato com outras pessoas

Redação
Foto: Divulgação/MCTIC
Foto: Divulgação/MCTIC

 

A Associação dos Professores Licenciados do Brasil – Secção da Bahia (APLB-Sindicato BA) criticou a possibilidade de retorno das aulas no formato remoto em Salvador e sugeriu que os professores seriam expostos “ao vírus”. Em uma publicação no Instagram, a APLB afirmou que a Secretaria Municipal de Educação (SMED) “quer que o professor “se vire” nas aulas remotas”.

Entre os pontos apresentados pelo sindicato estão a falta de recursos tecnológicos, de investimento na formação, salários defasados, falta de auxílios e gratificações e ainda a possível exposição ao vírus. Nas redes sociais, internautas questionaram a publicação, uma vez que, com aulas remotas, os profissionais não teriam contato com outras pessoas, podendo manter o isolamento social, uma das medidas mais eficazes de combate à Covid-19.

“Ainda tem coragem de dizer que ensino remoto expõe ao vírus? Apaga que dá tempo mesmo! Deixa ficar sem os salários que eu quero vê ficar com medo de pegar vírus pela internet. Só Jesus”, escreveu uma.

“Aula presencial é contra, aula remota é contra. Todos estamos expostos ao vírus e quais setores que continuam fechados e sem precisão de retorno? Isso mesmo o setor educacional público, principalmente da nossa querida Bahia. Sindicato, entendemos a situação, mas precisamos seguir em frente. A educação deve ser prioridade, já não basta não termos aulas presenciais?”, questionou outro.

“Vergonhaaaaa! Onde aula remota expõe ao vírus? Ninguém é máquina, mas as pessoas sérias e honestas estão se virando pra continuar trabalhando… Vocês deviam era ter vergonha de estar negando educação e estudo a toda uma geração”, continuou um terceiro.

Ainda na publicação, outras pessoas apoiaram a postura do sindicato e sinalizaram sobre as dificuldades em manter o ensino remoto por falta de equipamentos adequados e ainda por entenderem que parte dos estudantes não teria como acompanhar as aulas.

“Muitos anos sem aumento salarial, escolas sucateadas, processos de gratificação e vantagens sem avaliação e ainda vai obrigar o professor a dar aula até na madrugada. Detalhe, com seu próprio equipamento”, afirmou um internauta.

“A maioria dos alunos das escolas públicas não tem acesso à internet, não possui celular, apenas uma minoria teria como estudar com aulas remotas”, disse outra.

Foto: reprodução/Instagram @aplbsindicatobahia
Foto: reprodução/Instagram @aplbsindicatobahia

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