Publicado em 15/07/2016 às 16h32.

Caso Léo Moura: Testemunhas afirmam que jovem caiu de balaustrada

Moradores da região do Rio Vermelho relatam que jovem caminhava pela calçada quando perdeu o equilíbrio. Socorristas do Samu confirmam versão

Redação
Divulgação: Polícia Civil
Divulgação: Polícia Civil

 

Moradores do Rio Vermelho relataram à equipe do Departamento de Polícia Técnica (DPT) ter visto o produtor Leonardo Moura, que morreu na última segunda-feira supostamente após ser atacado em frente a uma boate gay, caindo da balaustrada da praia do Alto da Sereia na Avenida Oceânica. O grupo abordou os agentes na manhã desta sexta, enquanto era realizada a perícia no local. O relato coincide com as informações passadas aos socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que atenderam o jovem.

Segundo o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), as testemunhas foram encaminhas à sede do órgão e ouvidas pela delegada Mariana Ouais, titular da 1ª DH/ Atlântico, responsável pelo caso. “Uma das testemunhas contou que viu Leonardo andando na calçada, cambaleando, sozinho, e, instantes depois, já estava caído de bruços na areia da praia, bem onde fica uma vala de esgoto”, contou a delegada.

Enquanto os peritos do DPT mediam a altura entre a balaustrada e o chão, calculada em 4,7 metros, os populares informaram também que uma viatura da Polícia Militar passou no local instantes depois do acidente e os PMs foram chamados para auxiliar no socorro. Eles ficaram com Leonardo até a ambulância chegar. De acordo com a delegada Maria Ouais, os agentes já são identificados e serão chamados para depor no DHPP sobre o caso. Também são aguardadas imagens do local e os prontuários do Samu, do HGE e laudos do DPT.

Socorristas – Os socorristas do Samu que fizeram o atendimento foram ouvidos pela manhã e informaram à delegada que foram chamados para atender a um caso de queda, próximo ao Sukiaki, por volta das 6h10. Segundo o técnico Márcio Santiago, ao chegar ao local de motocicleta, encontrou Leonardo na praia em companhia dos policiais militares: “Ele estava lúcido. Perguntei nome, idade, endereço e ele respondeu tudo”, contou Santiago, ao afirmar que, depois de verificar os sinais vitais, passou a seguir o protocolo de trauma.

O socorrista disse ainda não ter visto nenhum hematoma correspondente a uma agressão no corpo de Leonardo. “Se ele tinham escoriações eram tão discretas que não vimos. Ele não queria ser levado para o hospital, pedia para ir para casa”, explicou Santiago, que informou ainda que o jovem não lembrava do que havia acontecido: “Ele me disse que se lembrava apenas de estar caminhando na calçada.”

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