Publicado em 17/01/2020 às 22h20.

Anvisa suspende produção de todas as cervejas da Backer

Segundo a Anvisa, exames podem mostrar que a fonte de contaminação nas cervejas da marca pode ser sistêmica e não apenas pontual

Redação

 

Foto: Gustavo Andrade/Divulgação
Foto: Gustavo Andrade/Divulgação

 

Todas as cervejas produzidas pela Backer foram interditadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta sexta-feira (17). Estão proibidas bebidas cuja data de validade seja igual ou posterior a agosto de 2020.

A decisão foi tomada após os resultados laboratoriais divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento revelarem a presença das substâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol em seis outras marcas de cervejas produzidas pela Backer, além da marca Belorizontina.

Inicialmente, as duas substâncias foram encontradas na Belorizontina, que é vendida como Capixaba no Espírito Santo. Quatro mortes por intoxicação após o consumo da cerveja foram confirmadas. Mais 14 pessoas estão internadas.

Segundo a Anvisa, exames podem mostrar que a fonte de contaminação nas cervejas da marca pode ser sistêmica e não apenas pontual. Considerando que outros lotes de produtos da Backer podem estar comprometidos, a agência decidiu pela medida, em caráter cautelar.

Assim, os lotes de cerveja da empresa Backer com validade igual ou posterior a agosto de 2020 não podem ser entregues ao consumidor. A orientação é para que estas cervejas não sejam consumidas caso já tenham sido adquiridas. Os comerciantes devem retirar o produto das prateleiras. No início da semana, o Ministério da Agricultura havia determinado o recolhimento de todas as cervejas da Backer das prateleiras.

O dietilenoglicol é uma substância tóxica e que não pode entrar em contato com alimentos e bebidas. A presença da substância na cerveja está associada à ocorrência de óbitos e intoxicações em Minas Gerais. O monoetilenoglicol, embora de menor toxicidade, também tem a presença em bebidas vedada por não fazer parte da composição destas.

O monoetilenoglicol é usado para refrigerar a água usada no preparo da cerveja, mas não deve entrar em contato direto com ela. A Polícia Civil de Minas Gerais e o Ministério da Agricultura investigam como a contaminação ocorreu.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.