Salvador sedia um dos maiores congressos brasileiros da área cardiológica

De 21 a 23 de novembro, a capital baiana será palco da maior reunião brasileira de médicos cardiologistas e profissionais aliados para uma intensa atualização teórica e prática a respeito dos distúrbios cardíacos mais prevalentes no mundo: as arritmias cardíacas.

Promovido pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), o evento terá mais de 100 palestrantes nacionais de diversas partes do Brasil e 13 internacionais, além de atividades e representações das principais delegações de arritmias do mundo, como o Simpósio Luso-Brasileiro, as entidades Hearth Rhythm Society (HRS), a Latin American Hearth Rhythm Society (LAHRS) e a European Hearth Rhythm Association (EHRA).

“Será uma oportunidade única para os profissionais de todo o Brasil assistirem e debaterem as mais recentes técnicas mundiais diagnósticas e de tratamentos, terem acesso a casos clínicos reais e também poderem participar de atividades práticas que vão engrandecer o seu conhecimento sobre as arritmias cardíacas, favorecendo a qualidade de atendimento de milhares de pessoas que vivem com o problema”, disse o cardiologista de Salvador e presidente do Congresso, Alexsandro Fagundes.

Caracterizadas pelo batimento irregular do coração, às vezes em ritmo mais lento, outras em ritmo mais acelerado, ou ainda oscilando entre estas duas situações, as arritmias cardíacas atingem mais de 20 milhões de brasileiros, sendo responsáveis pela morte de cerca de 320 mil delas por ano. Apresentando-se sob diversos tipos, elas podem atingir de crianças a idosos, inclusive atletas, podendo se manifestar com ou sem sintomas e até mesmo sob a ocorrência de uma parada cardiorrespiratória, que pode levar à morte súbita.

Quando sintomática, a arritmia pode gerar palpitação no peito, cansaço constante, mesmo sem esforço, e desmaios repentinos sem motivos aparentes. É também uma das principais causas de AVC, popularmente conhecido como derrame. As chances de sobrevivência em pessoas que sofrem uma parada cardiorrespiratória diminuem a cada 10 minutos quando não é prestado um atendimento adequado. A partir de 7 minutos sem a oxigenação devida ao cérebro, as taxas de sequelas neurológicas permanentes começam a aumentar de forma significativa.

“O Brasil sempre esteve à frente de grandes descobertas na área cardiológica, incluindo na arritmologia, tendo em alguns profissionais brasileiros o pioneirismo para o desenvolvimento ou aprimoramento de técnicas cirúrgicas inovadoras e que são referência no mundo. Eventos como este promovido por nossa Sociedade são fundamentais para continuarmos a evoluir com novas descobertas”, afirma o presidente da SOBRAC, José Carlos Moura Jorge.