Advogado diz que TJ-BA é ‘podre’ e não tem ‘10% de juiz honesto’
Felisberto Córdova já tinha acusado desembargador do TJ-SC de pedir propina para julgar a favor de ação
Depois de acusar um desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) de pedir propina, o advogado Felisberto Córdova criticou, nesta sexta-feira (4), o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
“Nós conhecemos os tribunais, como o da Bahia, que são podres inteiramente. Talvez, não tenha 10% de juiz honesto lá dentro”, atacou, em entrevista à Rádio CBN Diário.
Na última quinta-feira (3), o advogado já tinha dito que o desembargador Eduardo Gallo cobrou propina de R$ 700 mil para julgar favoravelmente uma ação na 1ª Câmara de Direito Civil, em Florianópolis. A causa em questão envolvia um valor na ordem de R$ 35 milhões.
Por meio de nota, a Associação dos Magistrados da Bahia (Amab) repudiou a declaração do advogado. “Faz comparações abstratas com o Tribunal de Justiça da Bahia e generaliza agressões, de forma gratuita, aos magistrados baianos. Sua afirmação tentar apontar superioridade ética e profissional dos juízes catarinenses contra os baianos, e mostra, de forma desrespeitosa, atitude preconceituosa não apenas contra o Judiciário do nosso estado mas a toda a população da Bahia”, afirmou a entidade.
Confira a nota na íntegra:
A Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB), entidade que congrega os juízes e desembargadores da Justiça estadual, apresenta esta nota de repúdio em função de insinuações de cunho difamatório feitas pelo advogado catarinense Felisberto Odilon Córdova contra a magistratura baiana. As declarações, prestadas durante entrevista à Rádio CBN, de forma irresponsável, mostram desequilíbrio e preconceito.
Sem apresentar dados concretos ou informações comprobatórias de suas declarações, e no intuito de minimizar o afronte cometido contra o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, o advogado faz comparações abstratas com o Tribunal de Justiça da Bahia e generaliza agressões, de forma gratuita, aos magistrados baianos. Sua afirmação tentar apontar superioridade ética e profissional dos juízes catarinenses contra os baianos, e mostra, de forma desrespeitosa, atitude preconceituosa não apenas contra o Judiciário do nosso estado mas a toda a população da Bahia.
Os magistrados baianos, mesmo enfrentando sérias dificuldades estruturais, apresentam alta produtividade, com uma média, por ano, de 1.152 processos finalizados por cada juiz. Em um ano, os magistrados do estado baixaram 675 mil processos, com 526 mil sentenças. Ouvir ilações de um profissional do Direito que pouco conhece nosso estado e nosso cotidiano causa tristeza e indignação.
A AMAB, em nome dos magistrados baianos, tomará as medidas jurídicas cabíveis e exigirá do advogado a comprovação das suas afirmações, apontando nomes e ilegalidades que fundamentam suas declarações. É preciso passar a limpo o fato, em respeito a todos os juízes sérios, éticos e trabalhadores que atuam neste estado.
Freddy Pitta Lima
Presidente da AMAB
Mais notícias
-
Justiça
18h33 de 18 de abril de 2024
STJ recebe denúncia sobre Faroeste e mantém desembargadora afastada
Ministros decidiram renovar afastamento da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago pelo prazo de um ano
-
Justiça
09h29 de 18 de abril de 2024
Responsável por decisões do caso Binho Galinha, juíza é transferida para comarca de Salvador
Elke Figueiredo Schuster Gordilho atuava em Feira de Santana e foi transferida por merecimento, segundo aponta o Diário da Justiça
-
Justiça
07h02 de 18 de abril de 2024
Comitê da Câmara dos EUA divulga relatório que acusa Moraes de censura
Documento do Comitê Judiciário da Câmara dos EUA aponta suposta “censura forçada” no Brasil contra o X, de Elon Musk
-
Justiça
18h16 de 17 de abril de 2024
STF começa a analisar lei que impõe restrições para laqueadura
Data do julgamento do processo ainda não foi definida
-
Justiça
15h47 de 17 de abril de 2024
Em meio a atritos entre Poderes, Alexandre de Moraes vai ao Senado de surpresa
Ministro entregou texto à comissão temática sobre o novo Código Civil
-
Justiça
08h04 de 17 de abril de 2024
Justiça reconduz presidente do Conselho de Administração da Petrobras
Decisão é do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em São Paulo
-
Justiça
22h20 de 16 de abril de 2024
Maioria do CNJ derruba decisão que afastou juíza Gabriela Hardt
Atualmente, magistrada atua na 23ª Vara Federal em Curitiba
-
Justiça
20h40 de 16 de abril de 2024
Juiz questiona sobre providências contra ‘contador de Lulinha’
O magistrado redigia nova ação contra PCC ao relembrar o nome do contador João Muniz Leite, conhecido como o ‘contador do Lulinha’
-
Justiça
15h57 de 16 de abril de 2024
Edson Fachin quer saber se João Santana está descumprindo acordo de delação, diz coluna
Diante de informações diferentes prestadas pela PGR e pela defesa de João Santana, Fachin pediu explicações da Justiça Federal
-
Justiça
10h48 de 16 de abril de 2024
Plenário do CNJ julga condutas de juíza afastada e Moro na Lava Jato nesta terça
Gabriela Hardt sucedeu Moro nas investigações sobre o caso, mas foi afastada por decisão do corregedor Nacional da Justiça, Luís Felipe Salomão