Publicado em 14/06/2017 às 14h36.

Souto admite haver terreno habitado entre os que serão vendidos

Secretário da Fazenda da prefeitura diz que unidade será retirada da lista e que proposta que “desafeta” 32 imóveis do Município “valoriza” o patrimônio da administração

Rodrigo Daniel Silva
Foto: Jefferson Peixoto / Ag. Haack / bahia.ba
Foto: Jefferson Peixoto / Ag. Haack / bahia.ba

 

Ao condenar as críticas da oposição ao projeto de desafetação de 32 imóveis da Prefeitura de Salvador, o secretário municipal da Fazenda, Paulo Souto, admitiu, na manhã desta quarta-feira (14), que há, de fato, um terreno na lista cujo morador comprovou ter escritura da propriedade.

Em entrevista ao bahia.ba, o titular da pasta atribuiu o erro à ausência de um “controle rígido” de gestões anteriores. “Tem alguns membros da oposição que, em tese, são contra o projeto e fazem tudo para impedir que o projeto ande. O que nós sabemos, até agora, é que em um projeto existe um proprietário que apresentou a documentação. A prefeitura, por conta do passado, ainda não tem um controle muito rígido disso. Ele apresentou a sua documentação e seguramente esse projeto será retirado. Se acontecer de alguém comprovar [a escritura], nós naturalmente vamos fazer isso. Às vezes, isso pode acontecer. Não é desejável que aconteça”, disse o secretário, após o lançamento do segundo eixo do programa “Salvador 360”.

Em maio, a oposição denunciou que um pastor construía uma igreja evangélica em um terreno supostamente pertencente à prefeitura. Segundo a ala da minoria, o pastor Ivo Lago Neiva apresentou aos edis o título de posse da área, que fica em frente ao Aeroclube, assinado por Paulo Fontana, ex-titular da Secretaria de Infraestrutura e Defesa Civil.

Ao bahia.ba, o secretário municipal da Fazenda rebateu ainda as críticas dos oposicionistas de que o Executivo municipal “reduz” o patrimônio com o projeto. Para ele, a prefeitura “valoriza” os bens públicos, já que o dinheiro arrecadado com a venda será aplicado em novos investimentos, como a construção do hospital municipal. A matéria está prevista para ser votada dia 5 de julho na Câmara de Salvador.

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