Publicado em 24/10/2018 às 08h00.

Fake News prejudicam a credibilidade da Justiça do Trabalho

Informações inverídicas inibem o trabalhador na busca por direitos trabalhistas

Marcus Murillo
Foto: Divulgação
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www.justicanossotrabalho.com.br/fake-news. Esse é o endereço eletrônico que traz as 8 fake news que vêm atormentando os operadores da Justiça do Trabalho. A iniciativa é do Colégio de Presidentes e Corregedores dos Tribunais Regionais do Trabalho (COLEPRECOR), com o objetivo de esclarecer informações falsas relacionadas à Justiça do Trabalho.

Os mitos são: ‘A Justiça do Trabalho só existe no Brasil’, ‘A Justiça do Trabalho privilegia o empregado’, ‘A Justiça do Trabalho é lenta e tem processos demais’, A Justiça do Trabalho custa mais do que retribui aos jurisdicionados’, ‘O excesso de súmulas e de leis trabalhistas trazem insegurança jurídica’, ‘A rigidez da legislação trabalhista causa excesso de processos na Justiça do Trabalho’, ‘A proteção do direito do trabalho gera desemprego’ e ‘A legislação trabalhista é antiga e ultrapassada’.

Para o advogado trabalhista Matheus Tolentino, as informações incorretas reduzem a credibilidade da Justiça do Trabalho. “As campanhas contra as fake news são de grande valia para ajudar a recuperar a credibilidade da instituição, evitando que falsas notícias abalem ainda mais a estrutura do judiciário e afastem o jurisdicionado da instituição”, comenta.

A Reforma Trabalhista gerou grande receio nos trabalhadores de acreditarem no órgão e ingressarem com ações trabalhistas. A advogada Cyntia Possídio, especialista em Direito do Trabalho e Tributário, concorda sobre a importância de campanhas que discutam o problema de forma séria e menos polarizada, seja para orientar os trabalhadores das reais consequências advindas da reforma trabalhista, seja para permitir uma discussão crítica e eficaz em torno dos verdadeiros problemas relativos à relação capital X trabalho. “Penso que é hora de buscarmos o equilíbrio, aproveitando o que a reforma tem de bom e mudando o que precisa ser mudado. Isso, no entanto, pressupõe diálogo social e intensas discussões jurídicas, somente a partir do que poderemos recolocar o pêndulo no centro desse cabo de guerra”, pondera Cyntia.

O Tribunal Regional do Trabalho da 5ª região aderiu ao projeto divulgando os mitos em seus canais de comunicação. Com dados extraídos do “Relatório Justiça em Números 2017 e 2018”, que reúne estatísticas judiciárias oficiais, o COLEPRECOR busca esclarecer informações que foram difundidas entre os brasileiros.

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