Publicado em 23/02/2016 às 10h00.

Lava Jato tem oito baianos sob investigação

O ex-deputado Argôlo é o único julgado e condenado até o momento; outros políticos negam envolvimento com o caso de corrupção da Petrobras

Redação
Foto: Argolo, Negromonte e Leão. Fotos Públicas/ Montagem bahia.ba
Foto: Argolo, Negromonte e Leão. Fotos Públicas/ Montagem bahia.ba

 

A decretação da prisão temporária do publicitário João Santana, expedida nesta segunda-feira (22), na 23ª fase da Operação Lava Jato, denominada “Acarajé”, fez subir para oito o número de baianos investigados sob a acusação de recebimento de dinheiro de empreiteiras em contratos superfaturados da Petrobras. No caso do marqueteiro, a suspeita é de que o responsável pelas três últimas campanhas presidenciais do PT teria sido pago pela Odebrecht por serviços prestados ao partido, com propina oriunda de contratos com a petrolífera. Na mesma etapa da ação, o petista baiano Armando Trípodi, ex-chefe de gabinete do ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli, também foi levado pelos agentes à Superintendência da PF no Rio de Janeiro para depor.

O vice-governador da Bahia João Leão, o ex-ministro das Cidades e atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Mário Negromonte, e os deputados federais Mário Negromonte Júnior e Roberto Britto – todos eles filiados ao PP –, são os outros investigados pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal (PF).

O ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, preso em Curitiba desde junho de 2015 na Superintendência da Polícia Federal, e o ex-deputado federal  Luiz Argôlo (ex-PP e afastado do SD) finalizam a lista dos baianos envolvidos até agora. Argôlo é o único julgado e condenado até o momento. Ele cumpre pena de 11 anos no Complexo Médico-Penal (CMP), na região de Curitiba, desde novembro passado.

O vice-governador e secretário de Planejamento da Bahia, João Leão, é uma das lideranças e parlamentares acusados de terem recebido dinheiro do chamado “Petrolão”. O pepista nega as acusações e diz ser leviano envolver seu nome sem provas. A negação também compõe a base da defesa de Negromonte e do seu filho parlamentar, que foi incluído no rol de investigados pelo STF no em dezembro de 2015.

Busca e apreensão – A operação Acarajé expediu ainda sete mandados de busca e apreensão em Salvador e Camaçari, na Região Metropolitana, nesta segunda-feira (23). Entre os itens apreendidos estão carros de luxo e obras de arte. Uma pessoa também foi presa. Trata-se da administradora de empresas Maria Lúcia Tavares que, segundo a PF, mantém vínculo empregatício com a Odebrecht desde 2016. Ela seria a responsável por criar uma planilha com o registro de despesas de financiamento da empreiteira de campanhas eleitorais referentes ao PT, de 2008 a 2012. O documento, intitulado “Posição Programa Especial Italiano”, datado de 31 de julho de 2012, traz um campo com nomes de pessoas ligadas à empreiteira e pode aumentar a lista de baianos investigados pela Lava Jato.

Com informações do A Tarde.

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