Publicado em 19/04/2020 às 08h30.

Datafolha: 79% dos brasileiros defendem punição por violação de quarentena

Embora aprovação de sanção seja alta, só 3% aceitam a prisão, segundo levantamento

Redação
Em Salvador, agentes da prefeitura fiscalizam filas em bancos (Foto: Bruno Concha/Secom/PMS)
Em Salvador, agentes da prefeitura fiscalizam filas em bancos (Foto: Bruno Concha/Secom/PMS)

 

Pesquisa Datafolha aponta que 79% dos brasileiros defendem algum tipo de punição para pessoas que violem regras de quarentena devido ao novo coronavírus no país.

Segundo o levantamento, divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo, desse continente, contudo, apenas 3% acham que prisão seria uma sanção aceitável. Já multas têm apoio de 33% e advertências verbais, de 43%.

A pesquisa feita pelo Datafolha na sexta (17), por telefone, e 1.606 pessoas. Sua margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos.

A aplicação de medidas restritivas de circulação de pessoas entrou no debate público na semana retrasada.

O governador paulista, João Doria (PSDB), disse que poderia considerar até a detenção como recurso último caso a pandemia se agravasse.

Hoje, não há no país quarentena que impeça pessoas de ir à rua, apenas determinando o fechamento de comércio não essencial.

Doria foi acusado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de arbítrio. O tucano recuou e não falou mais no tema. Na sexta (17), ele estendeu a quarentena paulista até 10 de maio, sem endurecer regras.

Para 18% dos ouvidos pelo Datafolha, os governos não deveriam ter direitos sobre a circulação das pessoas. Outros 3% não souberam responder.

O apoio às multas é mais prevalente entre jovens de 16 a 24 anos e assalariados com carteira registrada, 48%. Já as advertências têm maior apoio entre os mais ricos (5 e 10 salários mínimos, 53%, e de 10 salários para cima, 51%).

Também é mais alta do que a média nacional, 51%, a parcela daqueles que concordam com esse tipo mais leve de punição na região Sul, reduto do bolsonarismo no país.

Na sexta (17), a Folha mostrou que a pesquisa indicava uma estabilização da aprovação ao trabalho de Bolsonaro, que registrou 36% de ótimo e bom, ante 38% de ruim e péssimo. Já governadores tiveram seu trabalho aprovado por 54%.

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