Publicado em 08/05/2020 às 15h48.

Mais de 100 agentes devem fiscalizar regiões restritas 24 horas por dia

Sergio Guanabara, titular da Sedur, explicou que equipes compostas por agentes, guardas municipais e PMs farão a fiscalização

Estela Marques
Foto: Secom/Divulgação
Foto: Secom/Divulgação

 

As regiões da Boca do Rio, Avenida Joana Angélica e Plataforma terão de lidar com uma nova realidade a partir deste sábado (9), depois que o prefeito ACM Neto anunciou restrições de funcionamento e mobilidade em razão do novo coronavírus. Os moradores desses bairros terão de lidar também com a fiscalização constante nos sete dias, iniciais, de validade da medida.

Em entrevista ao bahia.ba, o secretário de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), Sérgio Guanabara, explicou que mais de cem agentes ficarão responsáveis pela fiscalização dessas áreas. O período? De manhã, de tarde e à noite; 24 horas por dias circulando pelas ruas dos bairros. As equipes contam com fiscais da Sedur, guardas municipais e policiais militares.

“Naturalmente, uns bairros demandarão da nossa equipe maior ou menor presença. A Joana Angélica, mesmo, é uma via, não tem muitos bares, muitos estabelecimentos comerciais. A gente não acredita que no bairro da Joana Angélica vai ter muito problema. Diferentemente da Boca do Rio e de Plataforma. A gente vai estar com esforço diferenciado nessas três regiões, focados nas suas características próprias”, acrescentou.

Apesar do reforço nessas três áreas, Guanabara garantiu que a fiscalização seguirá normalmente nas demais regiões da cidade. Desde março, a capital baiana está sob medidas restritivas que restringem o funcionamento de estabelecimentos comerciais, centros de compras, bares e restaurantes. Mais de 1,1 mil estabelecimentos já foram interditados por descumprirem os decretos municipais, nas quase 20 mil vistorias que foram feitas. Oitenta e quatro estabelecimentos tiveram o alvará de funcionamento cassado.

Relaxamento da população

Na avaliação do secretário Sérgio Guanabara, essas medidas antecipadas deram o resultado esperado de controle na disseminação do novo coronavírus. Apesar dos mais de 2,8 mil casos confirmados de coronavírus na cidade, Guanabara avalia que o cenário em Salvador é difere positivamente de outras capitais.

“Esse fato por si só está fazendo com que a população relaxe um pouco, ache que não está acontecendo muita coisa. Esse é o grande perigo. Na medida que a população, percebendo que ‘nada estava acontecendo’, passou a relaxar mais. Mas esse relaxamento favoreceu a elevação da taxa de contaminação do vírus, como na Pituba, Boca do Rio, Cajazeiras, Plataforma. A população começou a relaxar por achar que não precisava mais fazer isolamento social. Isso é grande arapuca, porque, na verdade, a não-transmissão do vírus é fruto do isolamento”, observou o secretário.

A alternativa para controlar a taxa de contaminação, então, segue sendo o distanciamento social. Se precisar sair de casa, o uso de máscaras é o mais recomendado para se precaver.

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