Publicado em 13/07/2020 às 12h01.

ACM Neto cogita discutir com Rio e SP sobre realização do Carnaval entre maio e junho

Prefeito de Salvador comentou nesta segunda-feira (13) a possibilidade de adiamento do evento sem interferir nos festejos do São João

Rayllanna Lima
Foto: Reprodução/Facebook
Foto: Reprodução/Facebook

 

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), afirmou nesta segunda-feira (13) que cogita conversar com os gestores do Rio de Janeiro e de São Paulo para discutir a possibilidade de adiar o Carnaval para meados de 2021, sem que conflite com os festejos do São João.

Por ter como principal característica a aglomeração de pessoas nas ruas, atraindo visitantes do mundo todo, o Carnaval na capital baiana, que ocorre tradicionalmente em fevereiro, não deve ser realizado na data prevista devido à pandemia do novo coronavírus, que provoca a Covid-19.

Em coletiva à imprensa, ACM Neto informou que tem conversado com sua equipe interna, bem como com empresários envolvidos na realização da festa, e chegou ao um consenso de que o futuro do evento deverá ser decidido até novembro deste ano, ainda sob sua gestão.

“Nós aqui temos quase três milhões de pessoas nas ruas de Salvador por dia no período da festa. Hoje é impossível nós dizermos se teremos segurança para a realização do Carnaval em fevereiro ou não. Só ocorrerá se puder acontecer em ambiente de total e completa segurança. Caso cheguemos em novembro e não haja segurança, penso que seria uma boa alternativa discutirmos o adiamento. Caso isso aconteça, vou defender que os prefeitos das principais cidades que sediam o Carnaval no Brasil tentem organizar um calendário comum. Avaliamos a possibilidade de acontecer ali no final de mês de maio e início do mês de junho, sem que conflite com o calendário junino. A gente sabe que os festejos de São João são muito importantes para o Nordeste, que esse ano já não tivemos”, explicou.

O prefeito de Salvador tem demonstrado preocupação com o trade turístico da cidade e já afirmou que o setor do turismo, importante para a economia da capital, é um dos mais afetados pela pandemia e deve ser o último a retornar. De acordo com ele, todo o calendário de eventos do segundo semestre deste ano está comprometido, a exemplo do Festival Primavera, que ocorreria em setembro e já foi cancelado.

O futuro Festival da Virada, no Réveillon, também deverá ser decidido até novembro. Segundo ACM Neto, apesar de o cenário atual indicar o cancelamento dos eventos, a decisão da Prefeitura pode mudar caso haja uma vacina efetiva que permita a imunização coletiva da população contra o novo coronavírus.

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