Publicado em 16/07/2020 às 19h00.

RMS deve reabrir comércio quando atingir 75% de ocupação em leitos de UTI

Não há data prevista para reabertura, que deve acontecer de forma unificada, mas prefeitos esperam ampliação no total de leitos na região

Estela Marques
Foto: Elói Corrêa/ GOVBA
Foto: Elói Corrêa/ GOVBA

 

Os prefeitos das dez cidades que compõem a Região Metropolitana de Salvador (RMS) anunciaram nesta quinta-feira (16) que retomarão juntos a atividade econômica quando for alcançada a marca de 75% de ocupação dos leitos de UTI. A decisão foi tomada em reunião durante a tarde, que contou com a presença dos prefeitos e representantes das cidades de Lauro de Freitas, Camaçari, Simões Filho, Mata de São João, Dias D’Ávila, Candeias, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Madre de Deus e Conde.

“Queremos reabrir porque precisamos que a economia volte a se movimentar. É importante que se diga isso pra tirar a ideia de que gestores são contra a economia. Todos os prefeitos defendem que a economia volte a se desenvolver. Só queremos reabrir, para além dos [serviços] essenciais, na sua totalidade, ou por fase, ou por atividades, ou por outras formas de abertura, se não causar risco à população”, explicou a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho.

A importância de reabertura conjunta é para evitar a migração temporária de munícipes de cidade fechada para aquela que estiver com serviços em funcionamento. Isso porque, de acordo com a prefeita, o cidadão que transita entre as cidades pode fazer circular o vírus nos municípios por onde passar.

Dados apresentados por Moema indicam que a ocupação dos leitos de UTI na RMS está em 77%, ante os 78% de ocupação em todo o estado. No entanto, há a expectativa de conseguir com o governador Rui Costa a abertura de novos leitos de terapia intensiva na região.

Até mesmo o avanço da capital baiana interfere nas decisões da região metropolitana. A lógica que orienta os prefeitos vizinhos se encaixa também a Salvador.

“Se Salvador abrir atividades que hoje estão fechadas em Lauro de Freitas e outros municípios, o que vai acontecer? Nossos munícipes vão migrar para Salvador. É problema porque, ao aglomerar em Salvador, tanto pode aumentar a contaminação em Salvador quanto trazer a contaminação para o município”, acrescentou.

Próximos passos

A reunião desta quinta serviu para definir os próximos passos dos municípios da Região Metropolitana de Salvador. Além de selar o pacto de unidade entre os gestores municipais, foi confirmada a necessidade de audiência com o governador Rui Costa para decidir pela prorrogação ou não do decreto de restrição de circulação nas cidades e para buscar uma resposta quanto à ampliação dos leitos de UTI.

O grupo de gestores consideram a instalação de leitos Covid-19 no Hospital Metropolitano, mas a posição inicial do governo do estado é que a unidade não receba pacientes de coronavírus para evitar que pessoas com outras doença deixem de buscar atendimento especializado. Caso o governador se feche nesse argumento os prefeitos consideram propor a possibilidade de abertura de leitos de UTI em qualquer um dos dez municípios que compõem a RMS.

Os prefeitos definiram ainda a realização de uma oficina para reunir as melhores propostas nos protocolos de reabertura para que disso se extraia um protocolo único, a ser adotado em todos as cidades da região. A expectativa é que o documento final seja avaliado na reunião do dia 23 de julho, que será realizada em São Francisco do Conde.

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