Publicado em 01/12/2020 às 10h54.

ACM Neto ignora Maia e diz que auxílio emergencial precisará ser prorrogado em caso de 2ª onda

Prefeito de Salvador afirmou que tema deverá ser discutido entre o Congresso e o governo federal; presidente da Câmara rejeita renovação

Alexandre Santos / Matheus Morais
ACM Neto, prefeito de Salvador (Foto: Matheus Morais/bahia.ba)
ACM Neto, prefeito de Salvador (Foto: Matheus Morais/bahia.ba)

 

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), afirmou nesta terça-feira (1ª) que, caso o Brasil seja de fato atingido por uma segunda onda de contaminações por Covid-19, o auxílio emergencial pago pelo governo federal deverá ser prorrogado. Correligionário de ACM Neto, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já descartou renovar tanto o pagamento da ajuda federal quanto o estado de calamidade pública em razão da pandemia.

“Se houver uma segunda onda real no Brasil e as atividades tiverem que ser suspensas, vai ser preciso, dentro de um trabalho de entendimento amplo, nacional, que envolva o Executivo e o Congresso, discutir a prorrogação dos benefícios”, defendeu ACM Neto em coletiva à imprensa pela manhã.

“Na minha cabeça está claro: se não houver segunda onda é uma coisa; se houver segunda onda, é outra. Então, se tiver segunda onda e as coisas tiverem que dar para trás, não tem como não prorrogar o benefício. É impossível. E aí o Congresso e o governo vão ter que discutir, não tem jeito”, disse.

Na segunda (30), em entrevista ao portal UOL, Maia repetiu uma espécie de recado que fizera ao Executivo anteriormente. “Não adianta chegar no último dia e querer pressionar, porque não vai funcionar. Não adianta forçar a mão porque, na minha presidência, no dia 31 de dezembro não haverá, em nenhuma hipótese, prorrogação automática do estado de calamidade. Governo terá de trabalhar a partir de 2 de janeiro com as medidas provisórias”, disse o presidente da Câmara.

Questionado sobre a prorrogação do auxílio emergencial, Maia disse que isso “é problema do governo, não da Câmara”, que está “dando todos os instrumentos para [o governo] enfrentar este ano”. “O que tinha para gastar de forma urgente, foi gasto”, reiterou.

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