Desocupação na Bahia recua 2,1 pontos percentuais mas segue a maior do país
Número de trabalhadores cresce em sete das 10 atividades econômicas no comparativo entre o segundo e o primeiro trimestres
A desocupação na Bahia recuou de 17,6% para 15,5% na passagem do primeiro e para o segundo trimestres deste ano. Ainda assim, o estado se manteve com a maior taxa do país, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral. O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira (12), pelo IBGE, e constatou queda no desemprego em 22 das 27 unidades da federação.
O segundo trimestre baiano representou o melhor desempenho para o período desde 2015. O indicador baiano, contudo, seguiu bem acima do nacional (9,3%).
O rendimento médio dos trabalhadores na Bahia ficou em R$ 1.711 no trimestre passado. O valor diminuiu tanto com relação ao intervalo entre janeiro e março deste ano (-1,3%) quanto ao mesmo período de 2021 (-7,8%).
O rendimento médio real (descontada a inflação) mensal habitualmente recebido por todos os trabalhos na Bahia ficou em R$ 1.711. Foi o valor mais baixo para um 2º trimestre nos dez anos de série histórica da PNAD Contínua (iniciada em 2012) e o segundo menor do país, acima apenas do registrado no Maranhão (R$ 1.654).
Mais pessoas trabalhando
A queda na taxa de desocupação na Bahia no 2º trimestre foi resultado da combinação de mais pessoas trabalhando e menos pessoas procurando trabalho. De abril a junho, a população ocupada ficou em 6,037 milhões de pessoas e foi a maior para um 2º trimestre desde 2015 (6,301 milhões de pessoas).Já a população desocupada ficou em 1,104 milhão no período, também a menor neste trimestre desde 2015 (927 mil pessoas).
O grupo das desalentadas (deixaram de procurar trabalho por não ver perspectivas) seguiu encolhendo tanto frente 1º trimestre (-5,7% ou menos 37 mil pessoas nessa condição) e na comparação com o 2º trimestre do ano passado (-15,2% ou menos 110 mil pessoas), chegando a um total de 612 mil trabalhadores. A Bahia tem o maior número absoluto de desalentados do país o longo de toda a série da PNAD Continua, iniciada em 2012.
O aumento do número de trabalhadores baianos foi puxado por empregados com e sem carteira assinada. Entre abril e junho, o contingente de empregados com carteira chegou a 1,557 milhão de pessoas – maior para esse período em seis anos. Frente aos três primeiros meses do ano, houve alta de 10,5% (mais 148 mil trabalhadores). Já na comparação com 2021, o crescimento chegou a 18,1%, ou mais 239 mil empregados com carteira.
O segundo maior aumento absoluto de trabalhadores, na Bahia, foi registrado entre os empregados no setor privado sem carteira assinada. Eles somaram 1,186 milhão de pessoas no 2o trimestre de 2022, 6,6% a mais do que no 1o trimestre (mais 73 mil pessoas) e 16,7% a mais do que no 2o tri/21 (mais 170 mil pessoas). Entre abril e junho, 3,208 milhões de pessoas trabalhavam como informais na Bahia, ou 53,1% da população ocupada. No trimestre anterior eram 3,2 milhções nesta situação.
Atividades econômicas
Na passagem do 1º trimestre para o 2º trimestre de 2022, o aumento no número de pessoas trabalhando foi seguido por sete das 10 atividade econômicas investigadas na Bahia.
O maio saldo positivo, em termos absolutos, nessa comparação ocorreu em administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (55 mil trabalhadores em três meses). Construção (48 mil trabalhadores) e indústria em geral (40 mil) vieram em seguida.
Houve quedas nos números de ocupados em informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (-46 mil trabalhadores), agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-12 mil) e alojamento e alimentação (-3 mil).
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