Publicado em 09/02/2023 às 14h34.

Bloco da Saudade anuncia terceiro dia de desfile no Carnaval de Salvador

Sábado e segunda-feira da Avenida ao Pelourinho e terça-feira da Pipoca no Pelô

Redação
Foto: Assessoria

 

O bloco mais tradicional e alegre do Circuito Osmar (Campo Grande) anuncia o terceiro dia de desfile no Carnaval de Salvador em 2023 em comemoração aos seus 37 anos de história.

“A ideia de termos um dia a mais na folia surgiu com o intuito de presentear os nossos amados foliões após essa pausa de 2 anos devido a pandemia da Covid-19. Agora vamos lavar a alma dando a volta no Pelô com muita alegria e animação”, afirma Tanise Cabral, vice-presidente do Bloco da Saudade.

Com o tema “Samba de roda do recôncavo na Avenida”, a programação, dos 3 dias de Carnaval para a melhor idade, conta com muita tradição, fanfarra, sopro e percussão. O bloco desfila no sábado (18.02) e segunda (20.02), com concentração às 11h e saída às 12h, seguindo do Campo Grande ao Pelourinho. Além da terça-feira (21.02) da pipoca, às 15h, com o circuito extra “Vamos dar a volta no Pelô”.

O Bloco da Saudade foi fundado em 06 de fevereiro de 1986, por Aniz Cabral, no bairro da Saúde, em Salvador (BA), com o objetivo de resgatar o samba e os antigos carnavais. Atualmente a banda é composta por 130 músicos, sob a regência do Maestro Abrahão e do Mestre Chico do Garcia.

TRADIÇÃO NA FOLIA MOMESCA!

O projeto surgiu dos ideais do presidente Aniz Cabral – fundador do Bloco da Saudade – que, em sua infância, já com espírito carnavalesco, criou, nos anos de 1964, com apenas 10 anos de idade, o bloco infantil “Filhos da Saúde”, regado a refrigerantes e instrumentos primitivos, como couro de cobra, no bairro da Saúde, na capital baiana.

Com sua veia musical, Aniz deu início, junto com grandes amigos do mesmo bairro, a um grupo de samba chamado “Sambatuk”. Anos se passaram e para suprir a falta de um projeto que agregasse pessoas de todas as idades e segmentos, e, principalmente, adeptos ao carnaval tradicional não aderente ao trio elétrico, surgiu, em 6 de fevereiro de 1986, o Bloco da Saudade, voltado ao resgate da simbologia dos eternos carnavais, trazendo o samba como seu referencial.

Entre 1986 e 1994, só participavam pessoas do sexo masculino com o famoso “clube do bolinha”. A partir do ano de 1995, com a adesão da ala feminina, houve um crescimento contínuo do bloco. Figuras ilustres já foram associadas, com destaque ao ator Antônio Pitanga, ao grande e saudoso Batatinha, homenageado no Carnaval de 1994, e ao cantor Edil Pacheco.

“O Bloco da Saudade proporciona um desfile rico em memórias, seja pelas músicas, instrumentos, ou por ser um bloco de chão, desfilando em horário apropriado para que todos possam participar, agregando cadeirantes, idosos, crianças, jovens, de forma a possibilitar uma inserção social, sem precedentes, da população ao Carnaval de Salvador”, destaca Aniz Cabral. Atualmente a banda da Saudade é composta por 130 músicos de sopro e percussão, sob a regência do Maestro Abrahão e do Mestre Chico do Garcia, considerada a melhor do Carnaval.

Como diferencial, o Bloco da Saudade é o único a desfilar do Campo Grande (Circuito oficial e tradicional da folia) ao Pelourinho. Em sua chegada ao Centro Histórico de Salvador as cordas são arriadas e os foliões pipoca podem se juntar ao maior bloco percussivo de samba da Bahia. “É lindo de ver aquela multidão descendo as ladeiras do Pelô”, pontua Aniz Cabral.

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