Publicado em 12/06/2016 às 17h20.

Estado Islâmico assume autoria de massacre em boate gay em Orlando

Autoridades norte-americanas só confirmam Omar Mateen, descendente de afegãos, como responsável pelo ataque matou cerca de 50 pessoas

Luís Filipe Veloso
Foto: Hermann Wecke/ Futura Press/ Estadão Conteúdo
Foto: Hermann Wecke/ Futura Press/ Estadão Conteúdo

 

A agência de notícias Amaq, ligada ao Estado Islâmico (EI), disse na tarde deste domingo (12) que um dos soldados do grupo extremista foi o responsável pelo ataque à boate gay Pulse em Orlando (EUA), que causou a morte de 50 pessoas e deixou 53 feridos.

As autoridades norte-americanas estão cautelosas em relação ao ataque. Até agora, confirmam apenas que Omar Mateen, de 29 anos e descendente de afegãos, foi o responsável pelo massacre.

O FBI disse ainda que o atirador comprou ao menos duas armas de fogo nas últimas semanas e que trabalhou como segurança. Além disso, Mateen foi alvo de investigação em 2013 após comentários “inflamatórios” no ambiente de trabalho e manteve ligações com um suspeito de planejar um ataque a bomba em 2014. Porém, a polícia federal norte-americana não confirmou a ligação entre o massacre e o EI.

O curto comunicado do EI foi distribuído por meio do Telegram, um aplicativo de mensagens. O texto diz que o ataque “visou uma boate para homossexuais”.

Em territórios em que controla na Síria e no Iraque, o EI rotineiramente executa homossexuais. O grupo também exibe, por meio de seus canais de propaganda, vídeos de seus soldados empurrando homens acusados de serem gays de edifícios.

O EI pediu no mês passado que seus apoiadores realizassem ataques no Ocidente durante o mês sagrado do Ramadan, que começou na semana passada. O mês é considerado de sacrifício e luta por alguns muçulmanos e coincide com o aumento expressivo da violência de grupos extremistas, como Estado Islâmico e a Al-Qaeda.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.