Após esposa ser presa, deputado diz acompanhar investigações com ‘tranquilidade’
Segundo investigações, a organização criminosa seria chefiada pelo deputado

O deputado estadual Binho Galinha (Patriota), após ter sua esposa, Maiana Cerqueira, presa na manhã desta terça-feira (9), durante ‘Operação Hybris’, desdobramento da El Patrón, que investiga organização criminosa especializada na lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada em Feira de Santana e cidades circunvizinhas, na Bahia que, segundo investigações, seria chefiada por ele, afirma que está à disposição da Justiça para esclarecer os fatos envolvendo seu nome e de familiares.
Binho Galinha ressalta ainda, através de nota, que tem acompanhado os desdobramentos das investigações com ‘tranquilidade’ e colaborado com o Poder Judiciário.
Ele volta a afirmar que jamais praticou os crimes ‘que estão sendo lhe atribuídos e que vai provar sua inocência na Justiça’.
Contudo, segundo a Polícia Federal, existem inconsistências nos dados bancários do parlamentar. “A Receita Federal, em cumprimento à ordem judicial, produziu relatórios apontando inconsistências fiscais dos investigados, movimentação financeira incompatível, assim como a propriedade de bens móveis e imóveis não declarados e indícios de lavagem de dinheiro”, aponta documento.
“Mas, detentor de foro por prerrogativa de função e, assim, malgrado tal circunstância, faz-se necessário esclarecer que, desde 2018, o Supremo Tribunal Federal vem entendendo que parlamentares serão processados e julgados pela justiça de primeiro grau em caso cometimento de crimes antes da diplomação do cargo e desconexo a ele”, complementou.
Maiana já havia sido presa em dezembro por causa da mesma investigação [prisão domiciliar]. Na operação deflagada nesta terça, foram alvos de mandados de busca e apreensão ainda cinco policiais militares, entre eles um tenente-coronel.
No total, foram cumpridos 17 mandados de busca e um de prisão preventiva. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 4 milhões das contas bancárias dos investigados, além da suspensão das funções públicas dos PMs. A decisão foi expedida pelo Juízo da 1º Vara Criminal de Feira de Santana.
A operação El Patrón, por sua vez, efetuou dez mandados de prisão preventiva, trinta e três mandados de busca e apreensão, bloqueio de mais de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas.
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