Publicado em 26/05/2017 às 13h40.

Força-Tarefa autua carvoaria clandestina que utilizava trabalho escravo

O local abrigava mais de seis funcionários em condições precárias e os proprietários do negócio não respeitavam os direitos trabalhistas dos colaboradores

Redação
Foto: Divulgação/ SRTE
Foto: Divulgação/ SRTE

 

Uma operação conjunta flagrou pelo menos seis trabalhadores em condições de escravidão em uma fazenda no município de Cardeal da Silva, no nordeste baiano. Agentes da Polícia Rodoviária Federal, representantes da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia (SRTE) e de organizações não-governamentais participaram das diversas ações, que foram divulgadas nesta sexta-feira (26).

Segundo a SRTE, além de oferecer péssimas condições de trabalho e moradia, a propriedade rural realizava de forma clandestina a extração e a queima de mata nativa para produção de carvão. Os trabalhadores não recebiam sequer um salário mínimo por mês pelo serviço prestado e não tinham os demais direitos trabalhistas respeitados. Eram abrigados em barracos de madeira, improvisados, em contato com insetos e animais, sem banheiro ou local adequado para alimentação.

Durante toda a mobilização ocorrida entre segunda (22) e esta sexta foram lavrados mais de 20 autos de infração. Os proprietários foram convocados a regularizar as pendências dos vínculos empregatícios com os funcionários, além de pagar as indenizações pelos abusos cometidos. Contudo, na audiência agendada para esta quinta (25) para a formalização dos acordos, o dono da propriedade rural não compareceu.

Como punição pelo descumprimento do combinado, o Ministério Público do Trabalho solicitou na Justiça uma indenização de R$ 2 milhões, além da desapropriação da terra utilizada para fins ilícitos.

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