Capes não explica motivo do corte nas vagas para intercâmbio

Fundação divulgou nota em que informa: "participar de um processo seletivo não significa necessariamente que o candidato será contemplado”

João Brandão

Após a publicação da reportagem sobre a redução em 80% das vagas baianas em um projeto de intercâmbio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) disse, em nota enviada na noite desta segunda-feira (2), “que participar de um processo seletivo não significa necessariamente que o candidato será contemplado”. O edital de normas para a seleção de candidatos do projeto 163/14 (Ufba/UFSC/Unesp) da Capes/B – em que estão incluídos os estudantes baianos citados na matéria – aponta que havia dez vagas para cada uma das universidades.

“O número de vagas disponíveis para os Cursos de Engenharia supracitados é de 10 (dez). Todos os candidatos inscritos terão divulgadas suas notas, sua classificação e a Instituição Francesa para a qual deverá dirigir sua carta de motivação em francês, no caso de estar classificado entre os 10 primeiros”, diz um dos procedimentos. (Clique aqui para conferir).

No entanto, apesar do questionamento do bahia.ba, a Capes não respondeu o motivo da grande redução das vagas. Apenas afirmou que o Brafitec – programa dentro da Capes que consiste em conjuntos de pesquisa em parcerias universitárias em todas as especialidades de Engenharia – possui 73 projetos ativos, em que participam 58 universidades. Para o próximo processo seletivo está estimada a concessão de cerca de 430 bolsas de estudo.

O mesmo edital, item 5, letra “b”, aponta que “o número de vagas poderá ser alterado caso ocorram novas orientações do Programa Capes/Brafitec ou por parte das instituições francesas parceiras”, mas não informa a porcentagem máxima de corte.

A reportagem formulou sete perguntas para a Fundação desde a última quarta-feira (27), mas apenas duas foram respondidas: “quantos projetos do Brafitec existem no Brasil?” e “quantas universidades participaram?”.