Publicado em 05/09/2016 às 09h40.

Geddel rebate Wagner e diz que chamar impeachment de golpe é ‘lero-lero’

Ministro da Secretaria de Governo rebateu argumentos do petista e alegou que a ex-presidente Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade

Redação
Foto: Marcelo Camargo /Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo /Agência Brasil

 

O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), refutou as afirmações do ex-ministro de Dilma, Jaques Wagner (PT), e argumentou que o impeachment de Dilma Rousseff não pode ser associado a um golpe: “um país que tem congresso funcionando, não tem golpe”, argumentou. A tréplica do peemedebista foi dada na manhã desta segunda-feira (5), em entrevista à Rádio Metrópole.

“Como pode haver golpe com a participação da ex-presidente Dilma, comandada pelo ministro do STF? O partido dela assinou a ata da sessão, o PT propôs a votação dividida em duas, o que deu a ela a possibilidade de se candidatar, e ela cometeu crime de responsabilidade. No mais, é natural. O PT agora quer voltar para suas origens, reavivar sua militância. Vai voltar para as ruas, que ele se achava dono. Não houve golpe, isso é lero-lero do meu amigo Jaques Wagner”, ironizou Geddel, que foi um dos maiores ativistas pelo impeachment da petista.

O peemedebista garantiu que, se depender dele, a relação do governo federal com o governo da Bahia será a melhor possível e que se Rui Costa for à Brasília será recebido em “gabinete aberto e tapete vermelho”, apesar dele “ter a cara mais fechada e estilo de valentão”, brincou Geddel, comparando-o com Jaques Wagner, que ele acha ser mais despojado. “Espero que agora o governador desça do palanque e acabe com essa conversa de governo ilegítimo. Não tenho intriga com Neto e espero que Rui tenha com a gente uma relação institucional”, disse.

O ministro afirmou ainda que a divisão do julgamento da ex-presidente em duas partes foi uma surpresa para todos do PMDB e classificou o fato como uma “afronta à Constituição”. “Se isso tivessefosse do conhecimento de Temer, teria sido colocado como gesto de conciliação nacional. Todos ficaram surpresos com a articulação que afronta de forma clara a Constituição. O STF foi chamado a se posicionar e vamos esperar o que ele vai decidir”, afirmou.

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