Publicado em 21/01/2020 às 16h04.

Análise particular refuta contaminação de água da fábrica da Backer

Informação foi apresentada a partir de um diagnóstico realizado pelo químico Bruno Botelho, do Laboratório de Análise e Produção de Cerveja - La Beer

Redação
Foto: Gustavo Andrade/Divulgação
Foto: Gustavo Andrade/Divulgação

 

A cervejaria Backer negou nesta terça-feira (21) que a água de sua fábrica tenha sido contaminada com dietilenoglicol, conforme foi detectado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A informação foi apresentada a partir de um diagnóstico realizado pelo químico Bruno Botelho, do Laboratório de Análise e Produção de Cerveja – La Beer, contratado pela cervejaria para realizar uma análise na água da fábrica. Foi constatada, ainda, segundo o químico, a redução nos níveis da substância em três lotes das cervejas Belorizontina e Capixaba produzidos entre 11 de novembro e 3 de janeiro.

As amostras de água para o teste foram enviadas pela própria Backer. Botelho afirmou, durante a apresentação do resultado, ser difícil que a contaminação tenha ocorrido por vazamento, ou seja, que o dietilenoglicol, usado no sistema de refrigeração de sistemas de produção de cerveja, tenha se juntado ao líquido em alguma das etapas de sua fabricação.

“O perfil de declínio da concentração de dietilenoglicol dificulta associar a um vazamento. Se fosse um vazamento, a concentração permaneceria constante”, afirmou.

Botelho disse, contudo, não ser possível descartar a possibilidade de vazamento por não ter conhecimento da fábrica da Backer. “Fui contratado para analisar a cerveja”, disse.

Quatro pessoas morreram com suspeitas de contaminação por dietilenoglicol depois de tomarem a cerveja Belorizontina em Minas Gerais. A Secretaria de Estado de Saúde informou ontem que, até o momento, foram feitas 21 notificações por suspeitas de contaminação pelo dietilenoglicol na Belorizontina.

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